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DESABAFO

José Mayer quebra o silêncio sobre internação: 'Não tive surtos psicóticos'

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Foto de José Mayer

José Mayer em vídeo publicado no Instagram; o ator desabafou após receber alta hospitalar

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 4/4/2023 - 18h02

José Mayer desabafou sobre suas idas frequentes ao hospital nos últimos meses. O ator ficou internado algumas vezes para tratar a doença autoimune Granulomatose de Wegener. "Não tive qualquer diagnóstico de surto psicótico", afirmou ele, na tarde desta terça (4).

Por meio de um vídeo no Instagram, o artista de 73 anos mandou um recado para os mais de 600 mil seguidores da rede e deu mais detalhes sobre seu estado de saúde.

"Eu quero agradecer o carinho recebido e dizer a todos que se preocuparam comigo que eu estou bem e recuperado. Infelizmente, eu sofri uma recidiva da doença autoimune em meados de fevereiro e voltei a ser internado em 17 de março para que, com orientação da junta médica, pudesse fazer a retirada da forte medicação iniciada em fevereiro", iniciou ele.

Na sequência, ele ainda rebateu os rumores de que teria sofrido um surto psicótico durante o período que esteve hospitalizado:

Não tive qualquer diagnóstico de surto psicótico como foi veiculado. Agradeço aos médicos e aos profissionais de saúde, ao carinho do público e à imprensa, que ciente de sua responsabilidade, se prontificou a noticiar as informações oficiais divulgadas por minha assessoria. A mídia nefasta e perniciosa nem merece resposta.

Veja o desabafo de José Mayer:

Entenda a doença

Quem sofre com Granulomatose de Wegener pode ter sangramentos em partes do corpo. O otorrinolaringologista Bruno Borges de Carvalho, entrevistado pelo Notícias da TV, explica que a doença costuma atingir majoritariamente pessoas do sexo masculino.

"Existe a produção de anticorpos contra a parede dos vasos sanguíneos, o que provoca uma inflamação que compromete a chegada de sangue nos vasos sanguíneos. O sangue, então, se manifesta na pele, no trato respiratório, nos rins, nas articulações, no sistema nervoso central e periférico."

A taxa de incidência é de dois a 12 acometidos a cada um milhão de habitantes, sendo a maior prevalência em pessoas brancas do gênero masculino, entre 40 e 65 anos, mas pode aparecer em qualquer faixa etária. O que resulta nesse diagnóstico ainda é um fator desconhecido. Não é uma doença hereditária, portanto não precisa existir casos na família.

A evolução da doença é diferente de pessoa para pessoa, podendo ir de leve até extremamente agressiva. Por acometer órgãos nobres, como pulmão e rins, pode levar, infelizmente, a um quadro grave e até a morte. Mas é importante destacar que há tratamento disponível. Os principais sinais costumam surgir nas regiões do nariz, do seio da face e dos ouvidos.

A doença ainda pode levar à insuficiência renal crônica ao atingir os rins. Outras regiões acometidas são a pele, o sistema nervoso central, o sistema musculoesquelético e o coração. Quem sofre com o diagnóstico também pode ter que lidar com sequelas após o tratamento. 

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