Jeff Machado: Acusados viram réus por homicídio e ocultação de cadáver

A Justiça do Rio de Janeiro aceitou nesta segunda (31) a denúncia do Ministério Público contra os dois principais suspeitos pelo assassinato do ator Jeff Machado (1979-2023). Bruno de Souza Rodrigues e Jeander Vinícius da Silva Braga agora são réus e tiveram a prisão temporária convertida em prisão preventiva.

Os acusados vão responder por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Segundo a denúncia, Rodrigues teria eliminado provas e entrado em contato com testemunhas para influenciar os depoimentos à polícia.

"A tentativa de influência nas declarações das testemunhas evidencia a necessidade de preservação da fonte testemunhal de prova, com a garantia de um ambiente de tranquilidade, livre de qualquer influência ou temor que certamente seria impossível garantir, senão pela manutenção de sua custódia cautelar", diz um trecho da decisão.

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O Ministério Público apresentou a denúncia na sexta (28). Rodrigues e Braga foram presos na capital fluminense no início de junho. 

De acordo com a polícia, a morte foi planejada para que os suspeitos obtivessem vantagens financeiras. O ator era considerado a "vítima perfeita" --fazendo depósitos de R$ 12 mil e R$ 18 mil para Rodrigues em troca de uma vaga no elenco de uma novela.

Os advogados do produtor afirmam que o cliente não matou Machado, mas admitem que ele enterrou o corpo após o crime. Braga confessou participação na ocultação do cadáver, mas negou que tenha cometido o assassinato.

Terceiro suspeito

A Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu o inquérito sobre a morte do ator Jeff Machado. Além de Bruno de Souza Rodrigues e Jeander Vinícius Braga, um terceiro suspeito foi indiciado. O pai de santo Jorge Augusto Barbosa Pereira foi acusado de emprestar seu centro espírita para abrigar os cães do ator, que ficaram em condições de maus-tratos antes de serem abandonados na rua.

O novo capítulo do caso foi revelado no final de julho, com a adição de mais um suspeito à morte do ator, além dos dois que já foram presos. Jorge Augusto Barbosa Pereira ainda está em liberdade e foi investigado por fornecer seu centro espírita para esconder os cachorros do ator.

"Ainda após a morte, os oito cachorros do ator foram encaminhados para um centro espírita, no bairro Palmares, onde permaneceram em condições de maus-tratos físicos e psicológicos. Depois, foram abandonados na rua, o que também despertou atenção dos parentes e amigos da vítima. O responsável pelo local foi indiciado pelo crime de maus-tratos a animais", afirmou a Polícia Civil do Rio de Janeiro em nota enviada ao Notícias da TV.