Indiciado, Gusttavo Lima explica venda dobrada de avião e nega ser sócio de bet

O cantor Gusttavo Lima decidiu se pronunciar após ser indiciado pela Polícia Civil de Pernambuco. Ele é suspeito de cometer crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa. Nesta segunda (30), o sertanejo abriu uma live com o advogado Cláudio Bessa para se defender das acusações. Ele explicou por que vendeu um mesmo avião duas vezes e ainda negou ser sócio da empresa Vai de Bet, mesmo tendo 25% de participação na casa de apostas.

Em 2023, uma aeronave da Balada Eventos, produtora de Lima, foi vendida primeiramente para a Sports Entretenimento, que pertence a Darwin Henrique da Silva Filho, por US$ 6 milhões (R$ 32,6 milhões, na cotação atual).

No ano seguinte, a Balada Eventos vendeu o mesmo avião para a JMJ Participações, do empresário José André da Rocha Neto --aquele que Gusttavo foi acusado de ajudar a fugir para as Ilhas Canárias. Ele teria pago R$ 33 milhões pelo veículo.

ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA

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DIFÍCIL

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"Comprar avião não é igual comprar carro. Você dá um sinal para levar para a pré-compra, que dura de 15 a 20 dias no máximo. Passou? Conclui. Faz um depósito. Mas, naquela compra, teve um probleminha no motor do avião. Como o cliente não podia esperar 20 dias com o avião parado, o advogado devolveu o dinheiro e fez um destrato", justificou Gusttavo na live.

"Mandei consertar, ficou cinco meses na manutenção nos Estados Unidos, voltou, e foi vendido. Eu uso [aeronaves] para fazer shows e, de tempos em tempos, você troca de avião. Uso muito para trabalhar --o problema foi ter vendido para uma empresa que estava sendo investigada, e a gente não sabia", apontou o cantor.

Gusttavo Lima perguntou ao seu advogado se haveria alguma atitude ilegal na venda do avião, e Cláudio Bessa foi direto na resposta: "Os documentos estão todos na Justiça, com certeza".

O sertanejo ainda negou ser sócio da Vai de Bet, mas admitiu que tem 25% de participação na empresa. "Eu tenho um contrato de prestação de serviço com a Vai de Bet. Não sou o dono, não tenho a caneta. Sou funcionário", resumiu.

Segundo Lima, ele preferiu receber uma fatia da casa de apostas em vez de salário. "Minha remuneração é como em contratos de outras empresas, mas eu posso escolher a forma da qual irei ser remunerado. Tenho 25% da participação de uma possível venda da empresa, achei mais proveitoso do que ter um [pagamento] fixo", explicou.

Por fim, o cantor refutou a possibilidade de ter dado uma carona ilegal para José André da Rocha Neto e sua esposa, Aislla Rocha, investigados pela operação Integration. "Pegamos um vento e uma chuva... Pegamos 80 nós de vento e precisamos parar. São 12 horas e meia de viagem. Não tem como adulterar a rota de um voo internacional. Que loucura isso", afirmou.

"Conheci a Aislla e o André em 2022, quando virei embaixador da Vai de Bet. Nosso relacionamento é de muito profissionalismo. Meu contato com eles é muito profissional. Temos uma linha de convivência muito legal. Nesse aniversário, chamei pessoas que amo e fazem parte da minha carreira", disse.