MATHEUS ABREU
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Matheus Abreu em cena de Quanto Mais Vida, Melhor; ator viverá bailarino de sucesso no cinema
O ator Matheus Abreu tem encarado desafios diversos nos bastidores do filme Coreografia da Vida. No longa, ele vai interpretar Thiago Soares, que se tornou primeiro bailarino do Royal Ballet de Londres. Além de treinar sete horas por dia, o Tato de Malhação - Viva a Diferença (2017) ainda precisa lidar com comentários homofóbicos.
"Quando eu contava para alguém que ia fazer balé para o personagem, ouvia piadinhas, sempre voltadas para a homossexualidade. Eu, particularmente, não sofri preconceito, mas você percebe as ideias por trás das piadinhas", desabafou Abreu em conversa com a coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo.
As falas tortas, reconheceu o galã, podem vir de onde menos se espera. "Às vezes, numa roda de amigos, alguém fala alguma coisa. Mas logo outra pessoa chama a atenção: 'O que você está falando? O que tem a ver?'. Isso foi legal", admitiu o ator, que esteve na Globo neste ano como o Tigrão de Quanto Mais Vida, Melhor.
Apesar de essa não ser a proposta do longa, Matheus Abreu torce para que esse tipo de preconceito seja quebrado. "Durante anos viemos abrindo alguns diálogos, conseguindo trocar ideias de maneira mais natural. Mas, nos últimos tempos, isso foi dificultado. Esse diálogo voltou a ser mais complicado."
Coreografia da Vida e Thiago Soares fazem parte da vida do ator desde 2017, quando ele fez o teste para dar vida ao bailarino. Como as filmagens começam em janeiro, ele intensificou os treinos para fazer bonito em cena.
"De segunda a quinta fazia Gyrotonic [método que promove o condicionamento físico e a flexibilidade] e, às vezes, duas aulas de balé por dia. Depois ainda comecei o breakdance, porque o Thiago iniciou no hip hop e só depois foi para o balé", listou.
"O balé é muito intenso fisicamente. É uma atividade totalmente antianatômica. Estamos acostumados a andar com os pés para frente. O balé pede que você realmente mude o jeito natural de o corpo se comportar. O corpo demorou a se acostumar com essa intensidade. É uma atividade que exige muita força, alongamento e flexibilidade, mas tudo isso com leveza."
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