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CACILDIS, DOUTOR RENATIS

Excluído do Criança Esperança, Didi é vilão egoísta em filme sobre vida de Mussum

REPRODUÇÃO/YOUTUBE e DIVULGAÇÃO/CAMISA LISTRADA

Montagem com fotos de Renato Aragão triste e Ailton Graça caracterizado como Mussum

Renato Aragão vai levar novo golpe com filme sobre Mussum, estrelado por Ailton Graça

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 12/8/2023 - 6h25

Decepcionado com a Globo por ter sido excluído da edição 2023 do Criança Esperança, Renato Aragão já pode se preparar para mais um grande golpe. Mussum, o Filmis, biografia do comediante que fez sucesso com Os Trapalhões, pinta o intérprete de Didi como um homem egoísta e que dava mais valor ao dinheiro do que à amizade com os outros três atores.

O Notícias da TV assistiu a Mussum, o Filmis no início de maio, em uma exibição teste para que o público presente avaliasse o que funciona e o que não funciona na produção, prevista para chegar aos cinemas apenas em novembro. Aragão, vivido por Gero Camilo na ficção, aparece pouco na história, mas suas cenas não vão trazer muitas alegrias para o cearense.

Os Trapalhões, na verdade, surgem apenas no terceiro ato da obra dirigida por Silvio Guindane. Antes, a plateia vai acompanhar a infância de Antônio Carlos Bernardes Gomes (1941-1994), quando ele é interpretado por Thawan Lucas Bandeira, e a sua juventude como militar da Aeronáutica --fase em que Yuri Marçal vive o papel.

Na vida adulta, Ailton Graça assume o protagonismo, mas encara uma longa jornada até Os Trapalhões. O filme explora o lado musical do artista, integrante do grupo Os Originais do Samba, e sua primeira incursão no humor, como um dos alunos da Escolinha do Professor Raimundo, ainda na década de 1970.

Mesmo quando seu astro finalmente aceita o convite para fazer Os Trapalhões, Mussum, o Filmis mantém o foco no sambista e deixa Didi (Gero Camilo), Dedé (Felipe Rocha) e Zacarias (Gustavo Nader) em segundo plano. Mas a abordagem da trupe não é chapa branca, e Dedé incentiva um racha no grupo, acusando Aragão de faturar mais do que os outros três.

A briga e as vantagens financeiras não são obras da ficção: de fato, pelo contrato assinado com a Globo, a Renato Aragão Produções (empresa de Didi) ficava com 50% de todo o faturamento, enquanto os outros três dividiam a metade restante --ou seja, 16,6% para cada um.

O climão entre o grupo levou a uma divisão na vida real. Em 1983, o quarteto se separou: Didi seguiu sozinho em Os Trapalhões, e a Globo se viu forçada a encaixar Dedé, Mussum e Zacarias em outros programas da casa.

Eles também se aventuraram em filmes diferentes: Aragão estrelou O Trapalhão na Arca de Noé, que marcou o início da parceria com Xuxa Meneghel. Os outros três fizeram Atrapalhando a Suate, que tinha Lucinha Lins repetindo a bem-sucedida aliança de Os Saltimbancos Trapalhões (1981).

A separação durou apenas seis meses e, em março de 1984, após um período de férias, Os Trapalhões voltou a contar com o quarteto completo. No filme, a amizade é retomada com a morte de dona Malvina, mãe do protagonista (vivida por Cacau Protásio e Neusa Borges nas diferentes fases). Didi, Dedé e Zacarias até ajudam Mussum no transporte do caixão da matriarca.

Na vida real, a reaproximação foi, digamos, menos poética: Atrapalhando a Suate foi considerado um fracasso de bilheteria, com menos de um terço do público atingido por O Cangaceiro Trapalhão --ambos ainda ficaram abaixo do desempenho atingido pelos longas anteriores, que contavam com os quatro juntos. Renato Aragão aceitou mudar a distribuição do faturamento para uma fórmula menos injusta, e o trio "rebelde" topou retomar a parceria. 


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