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COM LIVES

Em guerra com ex-marido, Ana Hickmann vira porta-voz de vítimas de violência

REPRODUÇÃO/RECORD

Ana Hickmann em vídeo de seu canal no YouTube

Ana Hickmann: apresentadora e ex-marido travam briga na Justiça e trocam acusações de crimes

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 31/1/2024 - 17h41
Atualizado em 1/2/2024 - 9h57

Em guerra judicial com o ex-marido, Alexandre Correa, a quem acusa de agressão e crimes financeiros, Ana Hickmann está investindo na imagem de mulher consciente e engajada em causas sociais. Desde a semana passada, ela tem promovido lives em suas redes sociais com o objetivo de informar e conscientizar homens e mulheres sobre comportamentos nocivos.

Ana tem reunido lideranças importantes. No último dia 23, conversou sobre direitos femininos com a ativista Maria da Penha (que dá nome à lei que pune atos de violência doméstica). A conversa durou uma 80 minutos no Instagram e, até o momento, acumula mais de 770 mil visualizações.

Nesta quarta (31), a apresentadora da Record voltou a discutir violência doméstica e proteção às mulheres, agora com a promotora Valéria Scarance e a secretária municipal de Segurança Urbana, Elza Paulina de Souza.

Temas de cunho social são novidade nas redes de Ana, que tem mais de 18 milhões de seguidores. Seus canais no YouTube e no Instagram são sempre ocupados por registros de seu cotidiano glamouroso, dicas de beleza e propaganda de produtos.

A guinada de Ana começou em 11 de novembro do ano passado, quando ela foi até a polícia em Itu, onde mora, para registrar queixa de agressão contra Correa. Nas semanas seguintes, aumentou o bombardeio contra o homem com quem viveu durante 25 anos: o acusou de falsificar sua assinatura em documentos e de desviar dinheiro de suas empresas. Ana, suas empresas e Correa devem pelo menos R$ 40 milhões, segundo projeções deles mesmos.

Correa, por meio de seus advogados, lança dúvidas sobre as reais intenções da conservadora Ana Hickmann ao realizar lives feministas. Diz que a apresentadora "tenta manipular a mídia" e interpreta um papel de vítima que não seria real. Na semana passada, Correa tentou censurar a live da ex, mas não teve êxito na Justiça.

Em declaração enviada com exclusividade ao Notícias da TV, Ana justificou suas lives. Diz que ela mesma poderia ter evitado situações em seu casamento caso tivesse sido mais instruída sobre os direitos das mulheres.

"Independentemente da classe social, da idade ou de onde vivem, muitas mulheres ainda têm dificuldade de entender os seus direitos e duvidam do poder da lei, que está a nosso favor em casos de violência", afirmou.

Depois de ter passado por um relacionamento abusivo e sofrido uma violência dentro da minha casa, entrei de cabeça no assunto e percebi o quanto essas informações poderiam ter me livrado de diversas situações".

Ana afirma que nunca se colocou na "posição de porta-voz", mas entende que, "como mulher, cidadã e comunicadora, é o meu dever divulgar informações de interesse público. Eu não vou medir esforços para informar essas mulheres. É uma missão para mim ajudá-las a se protegerem e também, quem sabe, contribuir para que os homens repensem atitudes e comportamentos", acrescenta.

O que diz a defesa de Correa?

Enio Murad, advogado de Alexandre Correa, se opõe às lives de Ana, que ele vê como mais um instrumento de propaganda a favor dela e contra seu cliente. "Ela usa de apelo da mídia para tentar potencializar que supostamente é vítima", disse ao Notícias da TV.

"Ela quer usar o poder para condenar o Alexandre antes mesmo do processo ser julgado. A Lei Maria da Penha cria um tratamento desigual entre sexos opostos. Isso fere os princípios básicos dos Direitos Humanos. Ana Hickmann usa incansavelmente a mídia e outras situações por meio de live para se fazer de vítima", retrucou Murad.

"Não existe até hoje nenhuma decisão ou prova concreta de que Alexandre praticou qualquer crime contra sua mulher. Tratam-se de alegações desprovidas de prova, a exemplo dos depoimentos de duas funcionárias que alegaram não ter havido agressão. Existe no Brasil um comportamento misândrico", concluiu o advogado.

O termo usado por Enio Murad vem da palavra misandria, que significa ódio, desprezo ou preconceito contra pessoas do sexo masculino. É o contrário de misoginia, a aversão a mulheres.


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