Em depoimento, jogador do Corinthians relata últimos momentos de jovem morta

Jogador sub-20 do Corinthians, Dimas Cândido de Oliveira Filho é investigado pela Polícia Civil de São Paulo após a morte de uma jovem de 19 anos. Segundo o atleta, a estudante Livia Gabriele da Silva Matos passou mal na noite de terça (30) enquanto faziam sexo. O atleta chamou o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para socorrê-la, mas ela morreu no hospital.

Livia foi encontrada pelos socorristas com sangramento e em parada cardiorrespiratória. Ela sofreu quatro paradas cardíacas: uma no local, outra na ambulância, e duas quando chegou no pronto-socorro. A jovem de 19 anos deu entrada na unidade com uma fissura de cinco centímetros na vagina. O caso aconteceu no Tatuapé, na zona leste de São Paulo.

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Dimas prestou depoimento no 30º Distrito Policial de São Paulo. O apartamento dele passou por perícia na mesma noite da tragédia. No local, os peritos encontraram manchas de sangue, além de toalhas e lençóis sujos. A PM percebeu que a cama havia sido modificada de lugar, porém o atleta alegou que o Samu fez a remoção para acelerar o atendimento.

O jogador conheceu Livia nas redes sociais. Eles conversavam há alguns meses, mas nunca havia se encontrado pessoalmente. Eles combinaram o encontro no dia anterior. Livia chegou sozinha, levou dois cigarros eletrônicos, mas não fizeram uso de entorpecentes ou de bebidas alcoólicas.

No depoimento, Dimas disse que fizeram sexo uma primeira vez e conversaram em seguida. Quando foram para a segunda relação, ele percebeu que a estudante de Enfermagem não respondia. Após constatar o desmaio, ele ligou para o Samu e foi instruído a colocá-la no chão, de barriga para cima, e massagear seu peito. Neste momento, Dimas também percebeu o sangramento na vagina dela.

Lucas Sarri, tenente da Polícia Militar, afirmou que o jogador sub-20 não apresentou comportamento atípico enquanto esperava Livia ser atendida no hospital.

"Todas as partes da ocorrência estavam tranquilas, ninguém estava alterado ou esboçando nenhum comportamento atípico", informou ele, em entrevista ao Metrópoles. "Ele alega que estavam tendo relações sexuais normais. Ela começou a passar mal, e aí ele acionou o Samu", acrescentou Sarri.