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JULY GARCIA

Desiludida com a CLT, jovem de 21 anos enriquece com conteúdo sensual na web

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

July Garcia em foto para o Instagram

July Garcia em foto para o Instagram; jovem conquistou independência com conteúdos sensuais

GIULIANNA MUNERATTO

giulianna@noticiasdatv.com

Publicado em 19/11/2023 - 16h00

De atendente de telemarketing até tosadora de cachorros, July Garcia explorou todas as possibilidades profissionais que apareciam em sua frente. Porém, à beira de um burnout, a jovem de 21 anos se viu sem alternativas para ganhar dinheiro e recorreu a uma solução que sempre viu como uma grande piada: a produção de conteúdo sensual adulto. Ao entrar de cabeça no ramo erótico, ela faturou em poucos dias o que ganhava em um mês --e passou a levar mais a sério a nova carreira.

"O telemarketing me fez arrancar os cabelos. Você recebe ligações de pessoas te xingando, que não entendem que você também é um ser humano e só está fazendo o seu trabalho. Eu não estava aguentando mais", revela July, em entrevista ao Notícias da TV. "Eu também trabalhei em shopping, e era uma loucura. Eu não tinha mais tempo para mim, para a minha família. Você não tem vida, e eu estava ficando doente."

Ao ser demitida de seu último emprego, July acabou buscando uma alternativa mais rápida para poder pagar as contas. "Foi aí que eu conheci os conteúdos [sensuais]. Começou naquela brincadeira de vender fotos dos pés, e aí eu decidi abrir essa porta", admite ela.

July Garcia tentou dar uma chance para a produção de conteúdo sensual antes, mas não se sentiu pronta para mergulhar de cabeça. Na segunda vez, pesquisou os prós e os contras e não encontrou alternativa melhor do que essa para dar uma guinada em sua vida.

Você tem que se fazer todos os questionamentos possíveis. Por exemplo, 'eu tô pronta para assumir todas as consequências?', porque não é um mercado fácil. Tem muito preconceito, então tem que estar com a cabeça muito boa para lidar com tudo que pode acontecer. Eu me fiz muitos questionamentos antes de entrar, então quando comecei, me joguei de cabeça. 

Seu objetivo era angariar R$ 1 mil por mês, exatamente o quanto ela ganhava com seu emprego na área do telemarketing. Mas a jovem acabou se surpreendendo com os lucros que conseguiu ao abrir um perfil na Privacy, uma espécie de OnlyFans brasileiro. 

"Hoje em dia, posso viajar a hora que eu quiser, consigo comprar um monte de coisa. Por exemplo, algo besta, mas que significa muito: meu sonho era ter um tênis Jordan, e eu jamais gastaria R$ 1 mil em um tênis. Agora, se eu estou em um dia aleatório no shopping, passo em uma loja, vejo um tênis caro e gosto dele? Eu vou lá e compro", relata.

Porém, a jornada nem sempre foi fácil: July teve muito medo de contar para a família sobre sua nova empreitada, por conta do preconceito que tinha certeza que sofreria. "Surgiu uma oportunidade de eu ir a um podcast famoso, e eu pensei se contaria ou não para eles. Mas deixei para lá, se eles acabassem vendo, aí eu falaria. De repente, meu pai viu um trecho nas redes sociais, e acredito que ele descobriu da pior maneira possível", relembra.

"Ele ficou abalado, mas eu mostrei a diferença da situação financeira. O que ele teve foi receio, coisa de pai mesmo. Foi muito mais uma sensação de medo pelo que poderia acontecer comigo do que raiva", acrescenta.

Pedidos diferentões

Apesar do medo do preconceito, July se jogou na produção de conteúdo e hoje realiza até pedidos inusitados para seus assinantes. “Eu achava que era meme esse negócio de pé, mas é real, as pessoas realmente gostam. Mas tem algo que me surpreende ainda que é a axila", comenta.

"Tem um cara que fala para mim que gosta de ver as dobras da minha axila, já me pediu um vídeo de dez minutos lambendo as axilas --mas eu não topei. Tem um cliente que eu faço [conteúdo] personalizado para ele, já que não é muito comum, mas é um gosto diferente por axilas", confessa.

Para atender a esse tipo de pedido, a produtora recomenda que as interessadas em entrar no mundo do conteúdo sensual na internet busquem o auxílio de uma assessoria. "É um ponto fundamental. Eles são uns anjos na minha vida, porque me dão todo o suporte que eu preciso. Eu conseguia fazer algo bacana sozinha, mas tinham muitas lacunas que eu não sabia como buscar auxílio, e eles conseguiram elevar meu trabalho", pontua.

July sonha em fazer uma faculdade de Medicina Veterinária, um desejo que carrega consigo desde pequena, mas que não tinha dinheiro para realizar. Com as finanças em dia, ela quer seguir como produtora de conteúdo profissionalmente e cuidar dos animais como hobby.

"É uma faculdade muito injusta com o profissional. Muitas vezes acham que os tratamentos não têm custo, que é preciso tratar de um bichinho só por amor. Mas eu quero fazer a faculdade, não para viver daquilo, mas para realizar meu sonho e fazer alguns atendimentos beneficentes", completa ela.

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