Acusado de racismo
Alex Carvalho/TV Globo
Miguel Falabella no lançamento de Sexo e as Negas, em setembro; ele ficou doente por causa das críticas
MARIANA BOTTA
Publicado em 22/12/2014 - 16h44
Acusado de racismo e xingado até de nazista, o ator e roteirista Miguel Falabella publicou um desabafo em sua página em uma rede social. "Meus queridos todos, obrigado aos que me beijaram a alma, quando precisei, neste ano que foi particularmente difícil. Vocês foram fundamentais! Vou viajar. Até a volta. Que 2015 nos seja mais leve", escreveu
Falabella se envolveu em uma grande polêmica em 2014 por causa da série Sexo e as Negas, de sua autoria. Mesmo antes da estreia na Globo, no dia 16 de setembro, a atração foi alvo de críticas e sofreu ameaças de boicote, lideradas por organizações ligadas ao movimento negro e de mulheres, que a consideraram racista e reclamaram de seu título.
Falabella se defendeu das acusações, mas revela ter ficado até doente. “A gente vive uma democracia. Sou absolutamente tranquilo quanto a isso, porque o programa não tem nada de racista”, disse em outubro, durante entrevista no Programa do Jô.
“Quis homenagear as mulheres de lá [da Cidade Alta, no Rio de Janeiro, onde mora sua camareira], mas um grupo se sentiu ofendido por achar que eu estava dizendo que mulheres negras eram mulheres pobres. Eu não disse isso, não estou dizendo que não há médicas negras”, completou.
Depois das acusações, Falabella desistiu de escrever novos episódios da série, que teve o capítulo final exibido na terça passada (16). A trama teve audiência média de 13,5 pontos. Rendeu menos do que Pé na Cova, escrita pelo mesmo autor, que marcou média de 14,7 pontos no horário (cada ponto equivale a 65 mil domicílios na Grande SP). Pé na Cova volta em nova temporada em 2015.
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