Fim de linha
Divulgação
TVs de plasma, campeãs de vendas na Copa; maioria das lojas só tem modelos a partir de 50 polegadas
EDUARDO BONJOCH
Publicado em 22/12/2014 - 13h05
Campeãs de vendas durante a Copa do Mundo, as TVs de plasma se despedem do mercado nacional neste final de ano. Principais representantes da categoria tela grande com recursos limitados e preços acessíveis, esses modelos responderam por 15% do volume total de vendas de TVs no Brasil, de janeiro a outubro de 2014, segundo informações da GfK, mas estão saindo de linha.
Samsung e LG foram as últimas, neste mês, a encerrar a produção mundial de plasmas, tecnologia que marcou o início da TV digital. Agora, essas marcas preferem investir em telas maiores, de 50, 60 e 64 polegadas. Na comparação direta entre os televisores, os plasmas mais baratos, de 50 polegadas, custam a partir de R$ 1.600, cerca de R$ 500 a menos do que as telas de LED do mesmo tamanho.
Uma pesquisa em lojas online aponta que as telas de plasma estão mesmo dando seu último suspiro neste Natal. Prova disso é a pouca variedade de modelos disponíveis no varejo. Hoje, as telas de 43 polegadas, que chegaram a ser vendidas por R$ 1.200 em julho deste ano, praticamente desapareceram do mercado. Em sua maioria, eram modelos com baixa resolução, semelhante à das TVs de tubo, e sem possibilidade de acesso à internet.
Ainda vale a pena?
Para Alex dos Santos, consultor na área de áudio e vídeo há mais de dez anos, as TVs de plasma estão fora da realidade do mercado. “É uma tecnologia ultrapassada, que consome até 70% a mais de energia em relação às telas de LED e que não oferece novidades ao consumidor”, avalia. Para ele, mesmo a plataforma e os recursos de internet dos modelos mais novos não costumam ser equivalentes aos das outras TVs, o que limita a experiência do usuário.
Apesar disso, será que ainda vale a pena aproveitar as últimas promoções de telas desse tipo? De acordo com Santos, a decisão depende muito das expectativas do consumidor. “Para jogar videogame, por exemplo, essas TVs estão descartadas, porque as imagens estáticas ainda hoje provocam marcas nas telas de plasma, o que é uma característica da própria tecnologia”, diz. Ele afirma que a compra é válida se o usuário estiver interessado em uma tela grande de custo atraente, sem muitos atrativos adicionais, apenas para assistir televisão.
Já faltam peças
De acordo com a Fundação Procon de São Paulo, o fabricante é obrigado a garantir a reposição das peças de qualquer televisor por um prazo de cinco anos, independentemente de o modelo ter saído de linha. Mesmo assim, alguns fabricantes têm sido alvo constante de reclamações de consumidores.
Entre as assistências técnicas, as opiniões sobre a existência de peças de reposição se dividem. A primeira empresa ouvida pelo Notícias da TV, que fica na Grande São Paulo, informa que a disponibilidade de artefatos usados no conserto de TVs de plasma ou de LED é equivalente. Já a segunda, que fica na zona leste de São Paulo, confirma os dados do Procon: está cada vez mais difícil encontrar peças para consertar televisores de plasma.
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