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DESDE 2012

De youtuber a milionário: Como Whindersson Nunes construiu sua fortuna

Reprodução/Instagram

Whindersson Nunes posa em frente ao jatinho de modelo Cessna Citation II

Aos 22 anos, Whindersson Nunes já havia comprado um jatinho com o dinheiro de seu trabalho

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 15/5/2021 - 15h00

Whindersson Nunes faz parte da geração de famosos que conquistou seu espaço a partir da internet. Nascido em 5 de janeiro de 1995, o criador do segundo maior canal brasileiro do YouTube teve uma infância pobre em Bom Jesus (PI). Nove anos depois de seu primeiro vídeo viral, o comediante tem uma fortuna suficiente para ostentar vida de luxo e ainda ajudar causas sociais.

O filho de Hidelbrando Sousa Batista e Valdenice Nunes deve muito de suas habilidades no improviso aos perrengues que sua família passou quando era criança. Só nos primeiros anos de vida, ele precisou se adaptar a uma nova casa quase 20 vezes, já que se mudava constantemente por falta de dinheiro.

A família também tinha de encontrar modos de manter os filhos na escola, mesmo com as dificuldades. Assim, os dois irmãos de Whindersson precisavam estudar em períodos diferentes para revezarem o par de tênis e o material escolar que dividiam.

O comediante começou a trabalhar cedo, e já foi ajudante de garçom e carregador de caminhão. Aos 15 anos, criou seu canal no YouTube com vídeos de humor, mas só dois anos depois, em 2012, fez seu primeiro viral. O vídeo Alô, Vó, Tô Reprovado (paródia da música Alô, Vó, Tô Estourado, do Forró do Movimento), alcançou 4 milhões de reproduções em apenas 10 dias.

Na época, seu canal tinha 2 mil inscritos, número que cresceu para 20 mil depois do sucesso. Tamanha visibilidade trouxe consequências negativas para o jovem, que teve seu canal invadido e excluído no início de 2013. No dia seguinte, Whindersson Nunes criou seu novo perfil na plataforma --anos depois, ele se tornou o maior do Brasil.

Quanto Whindersson ganha com o YouTube?

Em outubro de 2016, Whindersson Nunes ultrapassou o Porta dos Fundos e se tornou o maior canal brasileiro no YouTube, com 12 milhões de inscritos. A posição foi mantida até fevereiro de 2018, quando o canal Kondzilla o superou. Até hoje, o segundo lugar é do comediante, que passa de 42 milhões de inscritos em 2021.

Whindersson Nunes já seria milionário se contasse apenas com o que ganha na plataforma de vídeos. Apesar de não se saber exatamente quanto o comediante fatura com o YouTube, a plataforma Social Blade estima que a cifra seja de R$ 487 mil mensais.

Os vídeos do comediante foram responsáveis por levá-lo à fama, mas atualmente não são sua única fonte de renda.

Como a fortuna começou

Em 2013, Whindersson Nunes viu que poderia ter uma carreira de sucesso fazendo seus vídeos, então se mudou para Teresina (PI) em busca de aumentar sua visibilidade. Ainda sem poder bancar um aluguel, morou de favor na casa do youtuber Bob Nunes.

Na capital, começou a investir nas apresentações de stand up. Seu primeiro espetáculo foi o Standapiando (2013), produzido por Rhony Amaral e Bruno Lima. Em seguida, levou aos palcos Marmininu (2015), que alcançou 100 mil espectadores pelos 19 Estados do Brasil em que se apresentou.

Se a última produção tinha feito sucesso no Brasil, com Proparoxítona (2017) ele projetou sua carreira para o mundo. O espetáculo de stand up foi apresentado até em Lisboa, Portugal.

Além do sucesso na bilheteria, o comediante também colocou a apresentação no YouTube. Com duração de 1 hora e 16 minutos, é o vídeo mais visto do canal, atingindo 109 milhões de reproduções. Segundo a plataforma Banner Tag, só essa gravação pode ter rendido ao comediante US$ 373 mil (o que, em maio de 2021, corresponde a R$ 1,9 milhão).

Em 2017, Whindersson esteve em cartaz no cinema com três produções que somaram US$ 8.648.902 de faturamento, segundo o site Box Office Mojo. O comediante fez ele mesmo em Internet - O Filme e Os Penetras 2 - Quem Dá Mais?, e também interpretou Ray Van em Os Parças. No mesmo ano, estrelou o clipe do hit Acordando o Prédio, de Luan Santana.

Foi neste período que, aos 22 anos, o artista conquistou seu próprio jatinho. A aeronave, do modelo Cessna Citation 2, foi avaliada em R$ 1,4 milhão na época da compra.

No ano seguinte, Whindersson Nunes se manteve no radar da mídia não só por seu trabalho, mas também pela vida pessoal. Em fevereiro de 2018, ele se casou com a cantora Luísa Sonza em uma cerimônia para 350 pessoas. Só as flores da festa custaram R$ 500 mil. No total, a noiva admitiu que gastaram mais de R$ 1 milhão.

Carreira mundial

O enlace foi tema para mais um stand up do comediante: Eita, Casei! (2018). Dessa vez, o espetáculo teve turnê mundial e passou por todos os continentes. Segundo o jornal Extra, nessa época, ele ganhava em média R$ 120 mil por cada apresentação.

Este último espetáculo foi transformado na produção Adulto (2019), lançada na Netflix e legendada em quatro idiomas. Apesar de Whindersson não ter divulgado o valor do contrato com a plataforma, sabe-se que, desta quantia, R$ 1 milhão foi doado para uma instituição que ajuda crianças com câncer de seu Estado. A aposta da empresa deu certo, já que o show foi o oitavo lançamento mais visto naquele ano por brasileiros na plataforma de streaming.

O ator voltou às telonas com Os Parças 2 (2019), que foi visto nos cinemas por 1 milhão de pessoas, faturando US$ 4,5 milhões, ainda segundo o site Box Office Mojo.

No mesmo ano, ele fez o filme A Placa de Rubi - A Chibatada Final (2019), desta vez exclusivo para o YouTube. Atualmente, a comédia acumula 13 milhões de visualizações.

O comediante tem ido mais fundo na carreira musical, que começou com as paródias do YouTube. Sob o codinome de Lil Whind, ele lançou o álbum Piauí (2020), com músicas de trap. Das 11 faixas, nove ficaram entre as 200 mais ouvidas do ano no Spotify. Também lançou três músicas no álbum No Name, com um estilo musical mais romântico.

Pandemia e trabalho social

Whindersson Nunes tem origem pobre e cita episódios da sua infância até hoje em seus espetáculos. Talvez por isso, com frequência destina parte de sua fortuna para trabalhos sociais.

Durante a pandemia do coronavírus, ele doou 20 cilindros de oxigênio para Manaus (AM), cidade que estava com falta destes insumos. O artista também conseguiu mobilizar outros influenciadores para a doação de mais 217 cilindros ao Amazonas. Ele ainda investiu no combate à Covid-19, desta vez doando equipamentos para 11 hospitais do Piauí.


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