Bruno Krupp: Mãe de adolescente morto se revolta com liberdade de modelo

O modelo e influenciador Bruno Krupp foi liberado na manhã desta quarta (29) do Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio de Janeiro. Ele responderá em liberdade por atropelar e matar o adolescente João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos, em uma avenida na Barra da Tijuca. A decisão causou revolta na mãe da vítima.

"A sensação que eu tenho é que a vida do meu filho não valeu de nada", lamentou Mariana Cardim, em entrevista ao G1.

Krupp foi beneficiado por um habeas corpus concedido pelo ministro Rogerio Schietti Cruz, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), e deixou o presídio por volta das 10h30. Ele estava preso havia cerca de oito meses, desde agosto do ano passado --e também é réu em um processo por estelionato.

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A Justiça levou em conta que o influenciador é réu primário e fixou uma série de medidas cautelares, entre elas entregar o passaporte, comparecer mensalmente em juízo e ficar proibido de obter uma nova habilitação para dirigir.

Krupp admitiu que estava acima da velocidade permitida, a mais de 100Km/h, quando atingiu em cheio João Gabriel na avenida Lúcio Costa. Durante o período de reclusão, ele chegou a reclamar que sofreu maus-tratos de profissionais dentro da UPA penitenciária.

Entenda o caso

Os registros do Corpo de Bombeiros indicam que o acidente aconteceu por volta das 22h55, quando as autoridades chegaram ao local. O caso foi registrado na 16ª DP, da Barra da Tijuca. A batida foi tão violenta que a vítima perdeu uma das pernas, e Krupp foi internado com suspeita de fratura na coluna vertebral.

Apesar de ser autuado por lesão corporal culposa em decorrência do atropelamento, falta de habilitação e proibição de dirigir, o registro passou a ser tratado como caso de homicídio porque a vítima morreu após dar entrada no hospital.