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Karina Oliani

Aventureira, médica escala montanhas, queima o rosto e cuida de psicótico na TV

Divulgação

Karina Oliani durante subida ao pico do monte Everest para documentário do canal Off - Divulgação

Karina Oliani durante subida ao pico do monte Everest para documentário do canal Off

FERNANDA LOPES

Publicado em 18/5/2018 - 4h53

Na vida de Karina Oliani não existe calmaria. Médica especializada em emergências e resgates, há 13 anos ela apresenta séries e quadros na TV em que mostra expedições extremamente radicais, como escaladas, mergulhos e trilhas perigosas. Além de cuidar de si mesma e da qualidade das imagens, ajuda colegas doentes nos percursos.

"A maior certeza que você pode ter em uma experiência como essa é que vai ter a presença da palavra 'imprevisto'", diz Karina sobre sua atração mais recente. A médica de 35 anos é estrela do documentário A Outra Face do Everest, que estreia nesta sexta (18), no canal Off.

Após 16 anos de experiência como montanhista, Karina decidiu retratar na série um novo desafio que impôs a si mesma: subir o monte Everest pela face norte, considerada mais técnica, perigosa e tensa, segundo ela mesma. Karina concluiu a trajetória e se tornou a primeira brasileira a subir a montanha pelas duas faces, norte e sul, e enfrentou muitos perrengues pelo caminho.

"Havia um holandês que chegou a ter o que chamamos de psicose de altitude, em que a pessoa, mesmo consciente, fica muito confusa, começa a fazer coisas estranhas, fica agressiva, tosse, tem falta de ar… Por mais que falássemos para ele voltar, ele insistia, discutia com a gente", lembra.

"Não somos policiais, não temos o direito de restringir alguém, então tínhamos que convencer na conversa que ele deveria desistir. Depois de muito tempo sem conseguir sequer andar em linha reta, ele caiu em si e voltou para casa."

A própria Karina também teve problemas de saúde na trajetória. "Estávamos a mais ou menos 8 mil metros de altitude, numa área conhecida como Zona da Morte. Ali, já tinha uma temperatura de até 50 graus negativos. Imagina uma temperatura dessas aliada a um vento absurdamente forte. A sensação térmica é muito mais baixa. O frio queima também, e quem saiu queimado foi o meu rosto", lembra.

Além da questão facial, Karina emagreceu seis quilos, e um de seus cinegrafistas não aguentou o tranco. Pegou uma infecção intestinal e, com 20 quilos a menos, teve de deixar o grupo. A médica usou sua experiência na TV para filmar, ela mesma, partes do trajeto.

"Já trabalho com televisão há mais de dez anos, por diversas emissoras, e criei uma intimidade com a câmera que me tornou não apenas habilidosa na frente delas, como também no seu manuseio. O que as pessoas poderão conferir em A Outra Face do Everest é a experiência mais real de escalada, porque o monte não permite erros e distrações", afirma.

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Karina durante as gravações do Extremos (2011), do Multishow, no Rio Grande do Sul

Experiência com o perigo
O documentário é a oitava empreitada de Karina na TV. Ela começou em 2005, como apresentadora do quadro Rolé no programa Zona de Impacto, do Sportv. Além de médica, Karina é formada como piloto de helicóptero e instrutora de mergulho e tem habilidades em diversos outros esportes radicais, como surfe, hipismo, motocross, canoagem, esqui e paraquedismo.

A personalidade radical lhe rendeu destaque em vários programas de TV. Apresentou o Extremos (2011-2012) no Multishow, o Missão Extrema (2015), do Discovery, e a série Do Jeito Delas (2013), do Off, todos sobre viagens de aventura por vários pontos do mundo. Karina também foi personagem de reportagens do Fantástico e Domingão do Faustão. Hoje, é dona da própria produtora.

"Já fiz expedições de caiaque, veleiro, snowboard... Teve uma situação em que eu corri perigo mesmo, em um deserto da Etiópia. Um turista alemão foi assassinado na mesma região onde eu e minha equipe estávamos no ano passado. Mas nada se compara aos perrengues que eu passei nas oportunidades de escalar o Everest. Tem que ter muita força de vontade e saber o que está fazendo", ressalta.

As dificuldades, no entanto, não impedem Karina de continuar em busca do perigo. Atualmente, ela grava uma série em que caça tornados nos Estados Unidos. Quando terminar, seguirá para a Europa para gravar uma série para o Fantástico, que ainda não revela o tema. "Sempre estou em atividade", conclui.

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