Avenida Brasil quase fez Débora Falabella desistir da carreira de atriz; saiba por quê

No ar atualmente em Terra e Paixão, Débora Falabella conheceu o sucesso estrondoso ao atuar como Nina, a protagonista de Avenida Brasil (2012). A atriz disse que a grande repercussão da novela gerou muito mais interesse do público sobre sua vida, o que lhe assustou. Débora se incomodou com a invasão à sua privacidade e cogitou abandonar seu ofício.

"Eu sempre fui muito fechada. Me assustei com a invasão de privacidade e comecei a questionar a minha carreira. Eu ficava pesando os prós e os contras [de ser atriz]. Talvez eu tenha ficado descrente, por causa da exposição grande. Eu tinha muitas questões, como: 'será que vou para sempre estar com a minha cara num veículo fazendo com que as pessoas na rua me reconheçam?'. Isso em algum momento me incomodou", disse ela em entrevista ao jornal Extra.

É muito absurdo você sair na rua e as pessoas te reconhecerem. Eu não consigo me acostumar com isso, acho esquisito. Teve uma época em que eu dei uma 'panicada', mas não desisti, né? Continuei. Entendi que a profissão não era só isso, mas dei uma apavorada, sim.

"Entendo totalmente atrizes que desistiram da profissão, como Lídia Brondi e Ana Paulo Arósio. Elas largaram no auge. Não é fácil lidar com uma exposição de vida. Hoje, minha grande dificuldade em rede social é querer falar só sobre trabalho", complementou Débora.

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A atriz, aliás, faz sucesso ao falar de sua rotina como atriz no TikTok. Os vídeos que ela publica, em que mostra sua vida e suas atividades ao longo dos dias, já conquistaram mais de 300 mil seguidores.

"Achava que nunca fosse entrar no TikTok. Foi interessante porque eu consigo falar do meu trabalho lá. Consigo fazer meu próprio veículo de comunicação, então a gente acaba resolvendo a nossa maneira de se divulgar", explicou.

Débora atualmente interpreta Lucinda, personagem que sofre com violência doméstica em Terra e Paixão e enfim conseguirá se separar do marido agressor. A atriz disse se considerar intrometida e afirma que não concorda com o conceito de não meter a colher no relacionamento alheio.

"Eu meto minha colher, sim. Acho que a nossa sociedade mudou. As pessoas falavam esse ditado como se não interferir fosse algo natural, mas hoje em dia não é assim. Qualquer coisa que eu escuto de diferente, de estranho, para uma mulher, seja no meu prédio ou na rua, eu já fico alerta. Até com minhas amigas também. Aliás, às vezes, sou muito intrometida", declarou.

A atriz é casada há dois anos com o diretor Fernando Fraiha e diz viver uma ótima fase no relacionamento. Ela aproveitou para alfinetar, no entanto, homens heteros conservadores e misóginos.

"Está difícil dar conta desses homens héteros. Ainda bem que eu sou casada com um muito legal. A gente não está aguentando. Ainda mais com esses caras conservadores, eles ainda causam um grande estrago. Chega a ser ridículo. Parece que a gente está lidando com ogros e brutamontes. É muito triste mesmo e chega a ser vergonhoso a gente ainda ver esses caras agindo desse jeito. O problema é que esses homens ainda matam mulheres e mandam no mundo de alguma forma", criticou.