Atriz sente falta de ar, calafrios e 'energia pesada' ao gravar série para o SBT

Em 27 anos de carreira, pela primeira vez Daniela Escobar interpretou uma personagem presidiária, e a experiência não foi nada fácil. A atriz de 50 anos, que vive a vilã Bernarda em A Garota da Moto, gravou vários episódios em uma cela para a nova temporada da série do SBT. Daniela conta que se sentiu mal e percebeu uma "energia pesada" nas cenas.

"Tem várias [cenas marcantes] dentro da cadeia. É um ambiente absolutamente medonho. Uma pessoa tem que ser mesmo muito doente da cabeça para não se importar de ir para a cadeia", afirma.

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"Gravar dentro das celas [foi meu maior desafio]. Aquele lugar me dava calafrios. A energia era muito pesada. E foram muitos dias lá dentro... Às vezes me dava falta de ar, de tão horrível que é, para mim, ficar trancada em dois metros quadrados", confessa Daniela.

Nos episódios atuais de A Garota da Moto, Bernarda está presa após os atentados que armou contra Joana (Christiana Ubach) na primeira temporada, mas não desistiu de acabar com a vida da mocinha. Na cadeia, ela transforma uma companheira de cela em sua capanga. Naomi (Ana Flávia Cavalcanti) consegue sair da prisão antes de Bernarda e faz questão de infernizar Joana.

"Vi a série Orange is the New Black [da Netflix] inteira pra ter uma ideia sobre o comportamento de detentas dentro da cadeia", diz Daniela.

Vida americana

Há 13 anos, Daniela Escobar vive nos Estados Unidos e vem ao Brasil só para fazer trabalhos pontuais, como as temporadas de A Garota da Moto e a novela Apocalipse (2017), da Record.

Em Los Angeles, cidade onde mora, ela trabalha como dubladora de novelas latinas e agora também estuda para ser nutricionista profissional. Acostumada ao estilo de vida norte-americano, Daniela não pensa em voltar de vez para o Brasil.

"No momento dublo uma novela argentina, Por Amarte Así, e estou fazendo curso de Nutrição Ayurveda, medicina preventiva através da alimentação. Estudo isso há muitos anos e resolvi me profissionalizar. Gosto muito de viver aqui. Gosto da civilidade dos americanos, de como obedecem às leis e regras sociais, da educação dos californianos e do clima", afirma.