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Maria Eduarda Machado

Atriz promissora some da Globo dez anos após protagonizar Malhação

Divulgação

A atriz Maria Eduarda Machado, que foi protagonista de Malhação em 2007, em foto atual - Divulgação

A atriz Maria Eduarda Machado, que foi protagonista de Malhação em 2007, em foto atual

FERNANDA LOPES

Publicado em 12/7/2017 - 6h18

Há dez anos, Maria Eduarda Machado fez sua estreia na televisão, logo de cara como protagonista. Depois da mocinha Cecília da temporada de 2007 de Malhação, sumiu da Globo. Filha do jornalista Renato Machado, a atriz de 31 anos está concluindo a segunda faculdade, de artes cênicas, e admite que não se esforçou o suficiente para fazer carreira na principal emissora do país.

"Quando eu saí [de Malhação], já estava fazendo faculdade de psicologia, sempre fui muito ligada nessa vida acadêmica. Continuei estudando teatro e fui fazendo uma coisa aqui, outra ali [como atriz]. Acho que tem que ter uma inteligência para se manter naquele lugar. A televisão é um ambiente muito competitivo, tem que ter uma cabeça muito fria", opina.

"Geralmente, as pessoas que fazem Malhação tentam ficar por ali, emendar uma novela na outra. Eu não tinha essa ânsia. Queria fazer outras coisas, me formar em outros aspectos também, até humanos. Eu não tinha gana de ficar ali. Nesse sentido, não é que eu não aproveitei, eu só não fiquei me esforçando para estar naquele lugar", explica.

Divulgação/Globo

Maria Eduarda Machado nas gravações de Malhação

Eduarda entrou em Malhação como uma menina certinha e esforçada, que trabalhava desde cedo para ajudar a família. Ela era apaixonada por seu amigo de infância, interpretado por Klebber Toledo. O ator, aliás, é o único do elenco principal da temporada de 2007 que continua em destaque na Globo.

"Tem ator que fica muito tempo pensando: 'Nossa, vou para uma novela, vou ficar famoso e as coisas vão se reverberar a partir disso'. O mecanismo não é esse. Pelo contrário, ator tem que ter repertório, que se ganha na vida. Acredito que cada experiência é para a gente ter alguma coisa a mais, fazer a gente virar artista com muitas facetas e coisas diferentes para oferecer", considera.

Atriz formada
O repertório de Eduarda se distanciou bastante de Malhação ao longo dos últimos dez anos. Ela foi protagonista da série Castigo Final (2009), da Oi TV, participou de Morando Sozinho (2010-2011), do Multishow, e interpretou a personagem coadjuvante Letícia em Cúmplices de um Resgate (2015-2016), do SBT.

Há quatro anos, Eduarda mora em São Paulo. No final de 2017, deve concluir o curso de artes cênicas na USP (Universidade de São Paulo). Atualmente, está envolvida com três projetos: ensaia peças de Plínio Marcos (1935-1999) como trabalho final da graduação; se dedica à montagem de O Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues, com um grupo de teatro de rua; e participa das gravações do filme independente Três Reis, no qual interpreta uma cantora sertaneja.

"Estou enlouquecida, não sei como estou conseguindo fazer três coisas ao mesmo tempo. Mas a TV é um lugar para o qual a gente está sempre olhando, tem muita série, muita coisa acontecendo aí. Eu preciso terminar essas coisas antes, mas esse ano acho que ainda vai surgir [algum convite]", torce.

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Maria Eduarda Machado em cena da peça mais recente em que atuou, chamada O Preceptor

Ao olhar para trás em sua carreira, Eduarda admite que poderia ter tido uma experiência mais abrangente se tivesse se exposto mais à mídia e aos fãs. Dez anos mais madura e longe do sonho de seu pai, que queria vê-la maestra ou médica, a atriz continua visando diversas áreas profissionais. Voltar para a TV é uma delas.

"Eu não tinha muito isso de fama. Era muito caxias, me protegia mais do que me expunha. Acho que, se alguma novela rolar daqui para a frente, minha relação vai ser um pouco diferente, vou tentar ser mais aberta. Tem que dar a cara a tapa nessa vida", afirma.

"Não me arrependo nem um pouco de ter ficado longe [da TV], mas claro que eu sinto que queria me mostrar mais. Ainda tenho muita estrada pela frente, quero me formar, fazer uma residência em Nova York, escrever um livro de contos. E claro, quero voltar pra televisão. Mas sem ansiedade, está tudo caminhando como há de caminhar", acredita.

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