#TakeAKnee
Reprodução/Twitter
Os astros de Arquivo X, Gillian Anderson e David Duchovny, se ajoelham em forma de protesto
JOÃO DA PAZ
Publicado em 27/9/2017 - 13h15
Atores de Arquivo X, Star Trek: Discovery e Grey's Anatomy aderiram ao movimento contra a violência policial e a injustiça racial nos Estados Unidos, iniciada pelo jogador da NFL (liga profissional de futebol americano) Colin Kaepernick. O ato de se ajoelhar tomou conta do mundo dos esportes no final de semana, após críticas pesadas do presidente norte-americano Donald Trump, e agora reverberou também na indústria de entretenimento.
O estopim se deu após Trump, na última sexta (22), pedir aos donos de clubes da NFL para que demitam atletas que se ajoelharem durante a execução do hino nacional antes das partidas. O presidente chegou a chamar os jogadores de "filhos da mãe" e clamou por um boicote ao campeonato mais rico do planeta. No Brasil, o assunto foi tema de reportagem do Jornal Nacional.
Há três dias, nomes de Hollywood têm mostrado solidariedade aos jogadores de futebol americano.
Logo depois da estreia da nova versão de Star Trek, no último domingo (25), a protagonista Sonequa Martin-Green (a Sasha de Walking Dead), publicou uma foto em seu Instagram com vários integrantes da equipe da série, de produtores a operários, todos ajoelhados. Com a imagem, a atriz escreveu apenas #StarTrekDiscovery e #Takeaknee (Take a Knee: algo como Se Ajoelhe, lema do protesto).
Reprodução/instagram
A atriz Sonequa Martin-Green (de branco) lidera protesto ao lado da equipe da nova Star Trek
Na segunda-feira (25), foi a vez da dupla de protagonistas de Arquivo X, Gillian Anderson e David Duchovny, compartilhar uma foto de ambos juntos, ajoelhados e de braços entrelaçados, no Twitter.
Na festa de lançamento da 14ª temporada de Grey’s Anatomy, realizada ontem (26), a criadora do drama, Shonda Rhimes, ao lado dos protagonistas Ellen Pompeo e Jesse Williams, também ficou de joelhos e postou o registro no Instagram. "Nós nos ajoelhamos em solidariedade à justiça racial", escreveu Shonda.
A apresentadora Ellen DeGeneres replicou o post e acrescentou: "Ficamos de joelhos porque deveríamos ser uma nação abençoada por Deus, indivisível, com liberdade e justiça para todos".
Como o protesto começou
Em agosto de 2016, o quarterback Colin Kaepernick, então titular do time San Francisco 49ers, decidiu ficar sentado durante a execução do hino nacional. O gesto considerado desrespeitoso o levou ao centrou de uma polêmica. Ao ser questionado porque tomou tal atitude, ele foi direto.
"Não ficarei em pé para mostrar orgulho à bandeira de um país que oprime pessoas negras, pessoas de cor. Há corpos nas ruas e pessoas sendo pagas para se livrarem de assassinatos", disse o atleta, fazendo referência a uma onda de violência de policiais, em sua maioria brancos, contra jovens negros desarmados.
Em setembro do mesmo ano, ele resolveu ficar de joelhos, o que deu uma proporção gigantesca à controvérsia. Alguns atletas demonstraram compaixão, mesmo sem ter a coragem de repetir o ato, enquanto outros repudiaram a postura do colega.
Kaepernick perdeu a titularidade no meio da temporada, deixou o time no começo deste ano e, atualmente, está desempregado. Muitos especialistas não têm dúvida ao afirmar que ele está fora da liga pelo fato de ser o criador dos protestos.
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