Menu
Pesquisar

Buscar

Facebook
X
Instagram
Youtube
TikTok

JOSÉ MAYER

Assediador confesso, astro de novelas caiu no ostracismo após escândalo sexual

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

O ator José Mayer como Augusto César em A Favorita; ele está de óculos de sol, virado para o lado, em cima de uma árvore

Augusto César (José Mayer) em A Favorita; ator ressurgiu em novelas na atual reprise da Globo

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 1/11/2022 - 6h20

José Mayer caiu no ostracismo depois de se envolver em um escândalo sexual na Globo. Diante da repercussão do caso, o ator confessou o assédio a uma figurinista da emissora e, desde então, só aparece em reprises de novelas, como A Favorita (2018), no ar em seus últimos capítulos no Vale a Pena Ver de Novo.

O intérprete do alucinado Augusto César no repeteco das tardes da Globo participou de um último folhetim entre 2016 e 2017, quando deu vida ao vilão Tião Bezerra em A Lei do Amor, trama em que o ator foi acusado de assediar a funcionária nos bastidores.

Na denúncia de assédio sexual, a figurinista relatou que foram vários episódios --em um deles, Mayer teria colocado a mão esquerda na genitália dela. No texto, escrito em primeira pessoa, a profissional de 28 anos disse que o assédio havia começado oito meses antes da denúncia, com frases do tipo: "como você é bonita" ou "como você se veste bem", que logo evoluíram para "fico olhando a sua bundinha e imaginando seu peitinho".

Em uma carta aberta ao público, o ator assumiu os ataques à profissional e pediu desculpas. Mayer foi afastado em 2017 e desligado da empresa em 2019. Ele abandonou a carreira, e sua demissão encerrou uma relação de trabalho de 35 anos. 

"Eu errei. Errei no que fiz, no que falei, e no que pensava. A atitude correta é pedir desculpas. Mas isso só não basta. É preciso um reconhecimento público que faço agora. Mesmo não tendo tido a intenção de ofender, agredir ou desrespeitar, admito que minhas brincadeiras de cunho machista ultrapassaram os limites do respeito com que devo tratar minhas colegas", escreveu o ator no início do texto divulgado pela imprensa à época.

José Mayer em A Lei do Amor

José Mayer em A Lei do Amor

O ator ainda declarou que recebeu educação machista e que aprendeu muito mais sobre respeito após a denúncia vir à tona do que ao longo de seus então 67 anos --hoje, ele tem 72. Apesar da coragem em abrir o jogo sobre o ocorrido, a figurinista não deu continuidade à denúncia contra o ator na Justiça.

Trajetória marcada

Após vir à tona, o caso marcou uma trajetória de mais de 30 anos entre José Mayer e a Globo, emissora em que o ator iniciou nas novelas em Guerra dos Sexos (1983) e participou de mais de 40 obras, entre folhetins, séries e minisséries.

Nas novelas, ele se destacou por interpretar personagens "pegadores", que se envolviam com várias mulheres --às vezes, com mais de uma ao mesmo tempo.

Foi assim, por exemplo, em Viver a Vida (2009), na qual seu personagem, Marcos, era casado com Teresa (Lilia Cabral), mas se apaixonou por Helena (Taís Araujo). Também foi disputado por várias mulheres em Laços de Família (2000), trama em que deu vida a Pedro.

José Mayer em Laços de Família

José Mayer em Laços de Família

Na juventude, o personagem foi apaixonado por Helena (Vera Fischer), mas acabou se casando com Silvia (Eliete Cigarini). Ele ainda se envolveu com a veterinária Cíntia (Helena Ranaldi) e era alvo das investidas da lolita Íris (Deborah Secco). Mayer só foi quebrar o estereótipo de galã machão em Império (2014), novela de Aguinaldo Silva na qual ele interpretou o homossexual Cláudio Bolgari, que tinha um relacionamento com Leonardo (Klebber Toledo).

Tentativa de retorno

Meses depois do ocorrido, Aguinaldo Silva tentou escalar José Mayer para sua novela O Sétimo Guardião (2018) duas vezes, sem sucesso. Na primeira, queria dar a ele o papel de Olavo, que ficou com Tony Ramos.

Depois, tentou escalá-lo para viver o mendigo Feliciano, que ficou com Leopoldo Pacheco. Na ocasião, o autor chegou a defender publicamente o retorno do ator aos folhetins. Confira:


Mais lidas


Comentários

Política de comentários

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.