Guilherme Fontes
Reprodução/GNT
Guilherme Fontes em cena de Edifício Paraíso, sua participação mais recente na TV
FERNANDA LOPES
Publicado em 13/6/2017 - 6h05
Já faz 23 anos e um mês que Alexandre se matou na exibição original de A Viagem (1994). No entanto, o personagem de Guilherme Fontes continua vivo na cultura popular. Depois de quatro reprises da novela e de virar meme na internet, o vilão é até hoje o personagem mais marcante da carreira do ator de 50 anos. Fontes não só se orgulha desse legado como também planeja dar sequência à história de Alexandre, em um novo formato.
"Eu adoro a repercussão do personagem, fico feliz. Acho até que a gente devia fazer um desenho animado do Alexandre. Cada dia que passa ele fica mais presente. Para mim [o retorno do público] é intenso, é diário, há anos e anos. A novela reprisou muito e atingiu muitas gerações. Acho demais", afirma.
No vídeo de divulgação da estreia na Netflix do filme Chatô – O Rei do Brasil, dirigido por Fontes, Alexandre fez uma participação especial. Em uma brincadeira sobre os 20 anos que levou para conseguir finalizar a produção, Fontes disse: "Nunca duvidei de que no final ia dar tudo certo, eu sabia que ele estava sempre do meu lado". Em seguida, o ator aparece vestido de Alexandre, todo de preto, fazendo os trejeitos do vilão.
Alexandre se destacou na trama espírita de A Viagem por cometer crimes quando vivo e, depois de morto, assombrar e prejudicar seus familiares e sua ex-namorada. Fontes não descarta participar de uma nova produção relacionada ao "fantasma". "É um personagem que dá vontade de revisitar. Se tivesse um bom roteiro, a gente faria", conta.
No entanto, ele está ocupado com outros projetos. Após a experiência traumática de Chatô, na qual foi acusado de mau uso de dinheiro público, Fontes está de volta ao trabalho como diretor. Mas, dessa vez, a ideia é passar longe das salas de cinema.
"Eu estou preparando um filme para streaming, como diretor, não sei se vou atuar. Ainda estou em negociação, mas é para plataforma de vídeo on demand. Na verdade, minha a intenção é trabalhar agora só para VOD. É tão objetivo, acho incrível", declara.
A segmentação e o contato com um público menos amplo também estão nos planos de Fontes para a televisão. Após três anos afastado, desde que interpretou um corretor de imóveis dos anos 1970 em Boogie Oogie (2014), ele aparece neste ano em duas séries da TV paga.
Em Pacto de Sangue, que irá ao ar no canal Space (ainda sem data definida), interpreta Silas, um jornalista inescrupuloso e amoral. Já em Edifício Paraíso, que estreou no último dia 5 no GNT, o ator vive Tadeu, um homem que termina seu casamento para ficar só com a amante (interpretada por Fernanda Young). Os dois, no entanto, passam uma noite brigando e discutindo a relação problemática.
Com 32 anos de carreira como ator e 17 novelas no currículo, Fontes afirma que o formato de série é o que enxerga como seu futuro na TV.
"Cada vez mais você percebe que, ainda que os canais sejam segmentados, vão estar sempre abertos a produtos de qualidade. Não adianta, as séries são o futuro da dramaturgia na televisão. Tudo a mais do que série vai ficando cada vez mais passado. Eu tenho namorado a segmentação há muitos anos, ir de encontro ao público objetivamente alvo é muito melhor do que ficar solto e perdido no meio de 50 milhões. Acho que fazer a cabeça de 50 milhões é uma coisa inacreditável, mas fazer a cabeça de 5 milhões me parece mais simples. Se fizer um [papel em série] por ano, está ótimo", afirma.
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