DETIDO EM SANTOS
REPRODUÇÃO/RECORD
Robinho foi preso pela Justiça Federal de Santos após condenação de estupro coletivo na Itália
Robson de Souza, o Robinho, foi preso na noite desta quinta-feira (21) para cumprir pena pelo estupro cometido contra uma jovem albanesa em 2013, na Itália. A detenção pela Polícia Federal aconteceu em Santos, no litoral de São Paulo. Em 2020, a Justiça italiana havia condenado o ex-jogador de futebol a nove anos de encarceramento.
O atleta foi preso por volta das 19h. O pedido foi expedido pela Justiça Federal de Santos, depois de os documentos da sentença serem homologados. É previsto que Robinho passe por exame de corpo de delito na sede da Polícia Federal na cidade paulista.
O futebolista será submetido a uma audiência de custódia e, posteriormente, encaminhado a um presídio. A penitenciária ainda não foi divulgada.
A prisão acontece um dia após o Superior Tribunal de Justiça decidir que Robinho deveria cumprir a pena no Brasil. A defesa do ex-jogador apresentou um pedido de habeas corpus para evitar o encarceramento imediato, mas a solicitação foi negada.
Robinho e mais cinco amigos foram denunciados pelo estupro de uma mulher albanesa, cuja identidade não foi revelada. O caso aconteceu em 22 de janeiro de 2013, na boate Sio Cafe, em Milão, na Itália. Dentre os colegas, apenas ele e Ricardo Falco foram condenados.
Os outros quatro amigos de Robinho haviam deixado a Itália durante as investigações. A Justiça do país não os encontrou para serem notificados para a audiência preliminar, ocorrida em 2016. Assim, o juiz separou os casos.
O Tribunal de Apelação de Milão confirmou a condenação em 2020, mas como cabia recurso, Robinho permaneceu em liberdade e voltou ao Brasil. Em 2022, ele foi condenado na terceira e última instância a nove anos de prisão.
Em entrevista ao Domingo Espetacular, da Record, exibida no último domingo (17), Robinho negou que tivesse estuprado a albanesa. Ele admitiu que errou ao trair sua esposa e beijar a mulher que o acusa de abuso, mas que o envolvimento dos dois não foi além disso.
"Nunca fui santo, mas o fato de ter sido irresponsável e inconsequente não significa que sou criminoso", falou o ex-jogador na conversa com Carolina Ferraz. Ele ainda afirmou que foi condenado por causa de um suposto racismo da Justiça italiana e que reuniu todas as provas de sua inocência.
"Eu nunca neguei [que a beijei], mas foi consensual e depois eu fui embora. Poderia ter negado, porque não tem meu DNA na roupa dela, mas eu não sou mentiroso, não preciso mentir. Ela me acusa de algo sem consentimento dela. Os italianos fizeram exame toxicológico, era impossível ela estar inconsciente. Eu fiz exame de DNA, não deu nada meu no exame."
"Cometi meus erros, como qualquer ser humano, já resolvi com minha esposa há dez anos. Nunca fui santo, mas o fato de ter sido irresponsável e inconsequente não significa que sou criminoso. Existe uma diferença muito grande entre cometer um erro e cometer um crime", ressaltou o condenado.
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