Afastada da TV, ex-Chacrete Índia Potira morre aos 76 anos após luta contra câncer

Maria da Glória Aguiar da Silva, conhecida por ter sido a chacrete Índia Potira, morreu na terça (11), aos 76 anos. A ex-dançarina de Chacrinha (1917-1988) lutava contra um câncer de mama desde 2010 e fez inúmeros tratamentos para a doença. Ela trabalhava como auxiliar de serviços gerais e fez participações em novelas e programas de TV nos últimos anos.

A morte foi confirmada pelas redes sociais de amigos e familiares dela nesta terça (12). Um grupo de fãs de Chacrinha também lamentou a perda da eterna Índia Potira. O corpo dela foi enterrado nesta tarde no Cemitério do Caju, no Rio de Janeiro. Maria morava no Morro da Babilônia, no bairro do Leme.

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A ex-dançarina figurou no palco do Cassino do Chacrinha (1982-1988) com outras chacretes como Rita Cadillac, Estrela Dalva, Vera Furacão, Gracinha Copacabana, e Cléo Toda. Ela trabalhou no programa de 1970 a 1978.

Suas últimas aparições na televisão foram em participações especiais na novela Beleza Pura (2008) e em Amor à Vida (2013). Em 2014, Índia Potira deu entrevista ao Domingo Show, na Record, e contou sobre seu passado conturbado com drogas e prostituição.

"Vou falar, porque a minha vida é um livro aberto. Na época de chacrete, saí com homens para ganhar dinheiro. Foi por necessidade. A gente tinha uma pessoa que ajudava, mantinha", admitiu ela na reportagem.

"Aos 30 anos, me apaixonei por um bandido e usei maconha, cocaína. Sempre tive recaídas", revelou Maria da Glória. "Em 2010 eu tive um câncer, fiquei sem cabelo, caiu tudo, tirei um seio. Fiz quimioterapia. Foi brabo", relatou.

Os bastidores como chacrete também foram abordados no documentário Alô, Alô, Terezinha (2009), em que vários artistas comentaram sobre o legado do apresentador. Segundo a intérprete de Índia Potira, ela e suas ex-colegas se prostituíam e usavam drogas com celebridades. Ela também foi detida três vezes por porte de drogas, na época em que namorava um traficante, em 1990.