Adidas abre mão de R$ 1,3 bilhão e rompe contrato com Kanye West: 'Inaceitável'

A Adidas decidiu romper o contrato com o rapper Kanye West, que fez comentários antissemitas nas últimas semanas. Nesta terça (25), a empresa afirmou que o posicionamento do artista é "inaceitável". Com o término da parceria, a produção dos produtos da marca Yeezy será encerrada. A companhia projeta um impacto negativo de R$ 1,3 bilhão nos lucros de 2022.

"Os comentários e ações recentes de Ye [novo nome artístico de West] foram inaceitáveis, odiosos e perigosos, e violam os valores da empresa de diversidade e inclusão, respeito mútuo e justiça. Após uma revisão completa, a empresa tomou a decisão de encerrar a parceria com Ye imediatamente, encerrar a produção de produtos da marca Yeezy e interromper todos os pagamentos a Ye e suas empresas. A Adidas interromperá o negócio da Adidas Yeezy com efeito imediato", informou a empresa em nota.

DANIEL ERTHAL

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O caso começou quando West compartilhou nas redes sociais mensagens de teor antissemita, nas quais ele citava teorias de conspiração sobre uma suposta influência da comunidade judaica.

Por causa dessas publicações, ele chegou a ser bloqueado no Instagram. Com a repercussão negativa, o rapper pediu desculpas, mas argumentou que "não se arrepende" destes posicionamentos.

Ex-mulher do artista, Kim Kardashian publicou uma indireta sobre o posicionamento do cantor na segunda (24). "Discurso de ódio nunca é aceitável ou desculpável. Estou junto com a comunidade judaica e peço que a violência terrível e a retórica odiosa contra eles cheguem ao fim imediatamente", afirmou a empresária no Twitter.