Produtor de Gusttavo Lima rebate acusação de fãs surdos: 'Não fiquei sabendo'

Gusttavo Lima e sua equipe foram acusados de expulsar uma intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais) de um show em Teresina, no Piauí. A profissional disse que foi impedida pela produção de subir no palco do cantor para tornar a apresentação inclusiva. Ao Notícias da TV, a assessoria de imprensa do cantor negou.

"Não fiquei sabendo disso", afirmou o produtor do show do sertanejo, através de equipe de comunicação de Lima. À reportagem, a assessoria do artista informou que todos os fãs surdos ou com deficiência têm o direito de solicitar um intérprete de Libras no momento em que chegam ao show.

"Alguém tem que procurar o produtor do cantor ou do artista e pedir: 'Olha a gente tem um intérprete de Libras, podemos ficar no palco?'. E eles podem ficar no palco, não tem problema nenhum. Vários shows do Gusttavo tiveram intérpretes de Libras", disse a equipe.

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"Ninguém chegou para o produtor do Gusttavo e pediu para ter o intérprete, ninguém avisou a ele que tinha alguém esperando", explicou a assessoria.

O que aconteceu?

A intérprete de Libras Arielle Paiva se queixou de ter sido impedida de subir no palco de Gusttavo Lima em um show na sexta (14), no Piauí. Ela fez uma sequência de vídeos, publicados nos Stories do Instagram, em que acusou a equipe e o cantor de não permitirem acessibilidade na apresentação.

A Associação dos Profissionais Tradutores Intérpretes de Libras do Piauí emitiu uma nota de repúdio. "Durante o referido evento de ontem, 14 de julho, a equipe do cantor proibiu a presença de profissionais intérpretes de Libras no palco, mesmo estes profissionais sendo contratados por uma empresa local", argumentaram.

"Tal atitude configura-se como crime, visto que não houve respeito e cumprimento às leis que preconizam o direito linguístico da pessoa surda: a Lei N° 5.920, de 29 de maio de 2023, que determina a obrigatoriedade de inclusão de intérprete de Libras em eventos públicos realizados no município de Teresina, e que reconhece a Libras como comunicação oficial e institui a política de inclusão das pessoas com deficiência", diz a nota.