Abandonado pela família, ator da Globo dormiu na rua e recebeu ajuda de Gugu

O ator César Macedo passou por momentos muito difíceis nos últimos anos de sua vida. Conhecido por ter interpretado o personagem seu Eugênio na Escolinha do Professor Raimundo (1990-1993), ele sofreu traumas, se distanciou da família e chegou a dormir na rua. O artista recebeu ajuda de Gugu Liberato (1959-2019) para se reerguer. 

Macedo nasceu em 1935, no interior de Minas Gerais, e fez carreira como ator e comediante. Ele atuou em pornochanchadas, mas ficou famoso na grande mídia ao interpretar Eugênio, papel inspirado em Albert Einstein (1879-1955), na Escolinha do Professor Raimundo. 

Ele ainda repetiu o personagem na Escolinha do Barulho (1999-2001), na Record, em Uma Escolinha Muito Louca (2008-2010), da Band, e na Escolinha do Gugu (2011-2013), também da Record. Todos seguiam o mesmo estilo do programa de Chico Anysio (1931-2012) na Globo. 

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Em 2012, Macedo sofreu um acidente de carro na rodovia Raposo Tavares, em São Paulo. A mulher dele, que também estava no veículo, morreu na ocasião. Depois da tragédia, Macedo afirmou que foi abandonado pelos filhos e passou a ter dificuldades financeiras. Relatou que chegou a dormir na rua, em cima de um papelão. 

Ele, então, recebeu a ajuda de Gugu Liberato. O apresentador tomou conhecimento da situação e bancou uma reforma da casa do humorista. 

Em 2015, Macedo foi diagnosticado com doença de Alzheimer. Nos meses seguintes, ele enfrentou vários outros problemas de saúde. Teve complicações renais e, em abril de 2016, foi internado após quebrar o fêmur, em decorrência de uma queda que sofreu em casa. 

O ator passou por cirurgia, mas teve infecção hospitalar e pneumonia. Ele chegou a apresentar melhora, mas não resistiu e morreu em 30 de abril de 2016. 

Renato Macedo, filho do humorista, falou sobre os últimos momentos do pai no hospital. "Nos últimos quatro, cinco dias, ele até estava lúcido, mas depois o corpo dele foi tomado pela infecção. Foi bastante traumático este momento. Ele já estava debilitado há algum tempo e agora não aguentou", disse ao R7. 

O filho também contou que Macedo morreu triste pela falta de oportunidades de trabalho. "Ele reclamava de não ter mais espaço para trabalhar na TV. Nos últimos tempos de vida não foi possibilitado isso a ele, ficou frustrado, porque ficava só em casa. Meu pai era uma pessoa muito honesta, tanto que morreu pobre, ganhando R$ 1 mil por mês. Não passava de R$ 1 mil por mês", afirmou ao programa Câmera Record.