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FRACO VENCE

Por que Davi é o preferido do público para levar prêmio milionário do BBB 24?

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Davi Brito está de camiseta preta, sentado no sofá da sala do BBB 24, e sorri

Davi Brito: participante do BBB 24 se tornou favorito do público após perseguição no reality

IVES FERRO

ives@noticiasdatv.com

Publicado em 18/2/2024 - 8h10

Com um mês e meio do BBB 24 no retrovisor, Davi Brito é um dos nomes mais comentados nas redes sociais e em rodas de conversa sobre o reality. Mais do que protagonista da edição, o brother também é o preferido para abocanhar o prêmio milionário. Perseguido desde a primeira semana dentro da casa, ele gerou identificação com o telespectador por se apoiar em uma teoria científica de que os fracos também vencem guerras.

As falas prolixas e o tom de voz alto do participante não foram um empecilho para que ele sobrevivesse ao seu terceiro paredão na semana passada, que culminou na eliminação de Marcus Vinicius. O fenômeno do favoritismo de Davi é chamado de economia emocional. Isso acontece quando nós, inevitavelmente, passamos a torcer pelo lado mais fraco ou perdedor.

Davi está longe de ser isso dentro do BBB 24, mas é assim que o público o enxerga. O motorista de aplicativo passou a ser alvo de queixas de Wanessa Camargo, que o colocou em posições de agressividade contra ela. A cantora conseguiu convencer os confinados de que sua versão era absoluta: Davi era o vilão, e nada mais poderia mudar isso.

O baiano enfrentou retaliação de participantes como Yasmin Brunet, Lucas Henrique, Michel Nogueira, Rodriguinho, Leidy Elin e Giovanna Lima, que apoiaram Wanessa. O ápice da exclusão foi quando a artista tentou convencer a única amiga de Davi, Isabelle Nogueira, de que ela deveria se afastar dele para o "próprio bem". A dançarina ficou tentada, mas não cedeu.

O participante do Puxadinho é constantemente invalidado pelo outro lado: se cozinha, quer acabar com a comida; se tenta aproximação, está tentando manipular; se demonstra alegria, é desrespeitoso; se é reativo e se defende de acusações, é violento e agressivo. O julgamento sobre o suposto desvio de caráter de Davi dói na pele do público que já viveu a mesma situação.

Curiosamente, essa não é a primeira vez que participantes sujeitos a críticas consideradas perversas pelo público se tornam queridos. Kleber Bambam (BBB), Jean Wyllys (BBB 5), Cezar Lima (BBB 15), Emily Araújo (BBB 17), Gleici Damasceno (BBB 18), Juliette Freire (BBB 21) e Arthur Aguiar (BBB 22) saíram vencedores de suas edições após enfrentarem as perseguições de seus rivais.

No caso de Davi, pesa o fato de ele ter se tornado alvo de famosos conhecidas pelos telespectadores, como Wanessa e Rodriguinho. Para quem assiste à edição ao vivo na televisão ou acompanha o reality por cortes da internet, a impressão é de que as críticas são desproporcionais, fora do tom, e se tornaram obsessivas. O público sente uma necessidade de fazer justiça pelo que ele está passando.

O lado mais fraco sempre vence?

O fenômeno da economia emocional mexeu com a mente dos telespectadores e colocou Davi Brito num pódio de onde dificilmente ele sairá. Giovanni Begossi, advogado e professor de oratória, explica que fenômeno que chamamos de favoritismo é bem comum.

"A gente, por algum motivo, torce para o azarão, para o time menor. Isso acontece porque o ser humano é hedonista em sua natureza. Então nós queremos maximizar o prazer e diminuir a dor", diz Begossi ao Notícias da TV.

Segundo o especialista em oratória, a torcida pelo lado mais fraco pode causar uma liberação de dopamina, um neurotransmissor responsável por levar informações do cérebro às várias partes do corpo humano. A dopamina é conhecida como o "hormônio da felicidade" porque, quando liberada, provoca a sensação de prazer e satisfação.

Quando escolhemos uma torcida, tendemos ficar com o time menor por um simples motivo: se ele ganhar, vamos ter um ápice de dopamina. O esperado era esse resultado, então existe esse conceito chamado economia emocional, em que acabamos inconscientemente torcendo pro lado mais fraco. 

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