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O BRASIL TÁ VENDO

Operação 24h, equipe e haters: Como é a vida de administrador do perfil de um BBB?

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Imagem de Juliette Freire utilizada nas redes sociais dela, ela aparece sorrindo, com chapéu de cangaceiro, com cactos ao fundo e bonequinho do BBB

Imagem de Juliette Freire utilizada nas redes sociais dela; equipe online já conta com 20 pessoas

FERNANDA LOPES

fernanda@noticiasdatv.com

Publicado em 1/4/2021 - 15h06

O trabalho de administrar perfis de um participante do Big Brother Brasil na internet é puxado: não há uma folga sequer da estreia do programa até o último dia em que a pessoa fica no reality, e todos os passos dela são monitorados. Ainda é preciso puxar mutirões, exaltar o participante e lidar com haters e fãs sem noção. Para isso, a equipe que cuida das redes sociais de Juliette Freire, uma das favoritas a vencer o BBB21, conta com 20 pessoas e operação 24 horas.

No episódio desta quinta-feira (1º) do podcast O Brasil Tá Vendo, do Notícias da TV, os jornalistas Fernanda Lopes, Erick Matheus Nery e Paola Zanon conversam com Huayna Tejo e Deborah Vidjinsky, os administradores dos perfis da advogada, sobre como é a rotina de quem cuida da presença online de um brother ou sister.

Quando entrou para o BBB, a paraibana não imaginava que se tornaria a participante com mais seguidores no Instagram entre todos desta temporada --já soma mais de 17 milhões. Ao ir para o reality show, ela deixou seus perfis nas mãos de duas pessoas: Huayna e Deborah, um casal de amigos. Ela é maquiadora e trabalhava com Juliette, e ele é da área de marketing político.

A nordestina disse aos dois que só chamassem mais gente para administrar os perfis em último caso, mas logo no primeiro dia eles viram que não dariam conta de tudo. Uma hora após o anúncio da participação no BBB, Juliette já havia ganhado 300 mil seguidores.

"Quando a gente viu que era uma coisa muito maior do que imaginava, eu já tinha experiência em fazer campanha política na região, já sabia quem era bom aqui, redator, designer, social media, enfim. Fui atrás também de gente que gostava muito de BBB, e aí comecei a montar esse time. No começo foram só os amigos praticamente, e em dois, três dias, já estávamos mais ou menos com a estrutura com que a gente está hoje", diz Tejo.

Eles contrataram também pessoas especializadas em comunicação no Twitter, que já haviam trabalhado com outros BBBs (como Flayslane Raiane e Marcela Mc Gowan) e fãs de Juliette, que faziam materiais em vídeo sobre a participante e se destacaram. Hoje, a equipe da paraibana conta com 20 pessoas, cada uma com sua função e seus horários.

"Tem uma head do Instagram, responsável por tudo que é publicado lá. No Twitter a gente tem vários administradores e uma redatora com foco lá. Tem um amigo nosso no TikTok, e a gente começou a fazer microdistribuições. Tem uma pessoa especializada em comentar conteúdos relacionados a Juliette no Instagram, uma pessoa no inbox no Instagram, uma pessoa pra fazer comentários com marcas no Twitter. Dessas 20 pessoas, todo mundo tem sua vida, seu trabalho. Foi dessa forma que a gente foi organizando tudo, e aparentemente foi muito bom, a gente conseguiu ter uma boa presença nas redes", detalha o marketeiro. 

Haters, fãs tóxicos e crescimento

Juliette conquistou tantos seguidores que despertou a desconfiança de parte do público, que questionou se as contas que a seguem são de pessoas reais ou perfis fake. Uma thread do Twitter viralizou na última semana mostrando como a participante supostamente teria pouco engajamento para a quantidade de seguidores, o que indicaria que a base de fãs dela não é real.

Tejo nega essa acusação e afirma que mostrou, também no Twitter, dados de sites que medem o engajamento da participante. Ele diz que o envolvimento dos seguidores é, sim, muito bom, até mesmo se comparado a outros perfis de famosos. O fato de que a maquiadora conquistou nesta terça (30) a marca de 1 milhão de curtidas numa foto em apenas seis minutos de publicação, batendo um recorde mundial, corrobora com a versão dele.

"Os próprios participantes a colocam em alta o tempo inteiro, na edição ela aparece o tempo inteiro, já que o assunto é ela. As pessoas vão atrás da página dela. Você vê no programa, se interessa, chega lá [no perfil] e encontra uma porrada de conteúdo massa, conhece Juliette. As pessoas acabam a enxergando como gente como a gente, com erros. As pessoas querem se conectar com pessoas, isso é um clichê do marketing, e Juliette é uma pessoa que gera essa identificação com o brasileiro", justifica a amiga Deborah.

Nesta enorme base de fãs, no entanto, eles reconhecem que há alguns que passam do ponto. Em vez de apenas torcerem pela advogada, se tornam "tóxicos" e atacam outras torcidas, com xingamentos e até ameaças.

Os administradores afirmam que farão posts orientando os fãs a como torcer corretamente nas redes sociais, além de acionarem juridicamente ataques pesados (com xenofobia, por exemplo) que são feitos por haters de Juliette.

"A gente sempre fala pra torcida que é feio fazer isso, é errado, tenta explicar pra eles qual é o comportamento ideal de um fã de Juliette. A gente está preparando uma série no Twitter ensinando o que é certo e o que é errado quando você torce pra alguém. Tem muita gente nova, inconsequente, talvez esteja faltando essa explicação pra eles", diz o administrador. 

"A gente vai abrir um canal para o jurídico, pra responder sobre ataques a Juliette. A gente vai tentar separar as coisas, vale pra gente e pra todos os administradores [de outros participantes], acredito que é uma postura de todos eles. A gente sabe que, como a torcida de Juliette é maior, deve ter uma parcela maior de pessoas tóxicas que torcem pra ela. Queremos explicar pra essas pessoas que não é o comportamento que a gente deseja", conclui Tejo.

Para conferir a íntegra da entrevista com os administradores dos perfis de Juliette, ouça o podcast O Brasil Tá Vendo, disponível no link abaixo:

Ouça "#33 - A vida dos administradores de perfis dos participantes do BBB" no Spreaker.


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