SINCERÃO
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Fred Bruno em uma das edições mais agressivas do Jogo da Discórdia no BBB 23; quadro vai acabar
A Globo decidiu acabar com o Jogo da Discórdia, a dinâmica que rendia a dose semanal de barracos do BBB. Na edição de 2024, a atividade dará lugar ao Sincerão, uma nova atividade para reduzir a violência dos embates. A mudança, no entanto, não foi pensada apenas para preservar a harmonia da casa, mas para a emissora faturar mais com o programa.
Após a formação do paredão, que ocorre no domingo, os participantes têm 24 horas para digerir o resultado da votação. Na segunda-feira, é o dia de cuspir os marimbondos todos nos rivais.
Muitas vezes, os ânimos se exaltam tanto que o Jogo da Discórdia vira um campo de guerra. Foi o caso da briga feia de Ricardo Alface com Fred Bruno no BBB 23 e do episódio em que Maria atingiu a cabeça de Natália Deodato com um balde e acabou expulsa do BBB 22.
De acordo com fontes ouvidas pelo Notícias da TV, cenas como essas desagradam patrocinadores e impedem que a dinâmica vire mais uma fonte de lucro.
O BBB tem o maior faturamento da Globo justamente porque aproveita cada oportunidade para vender espaço às marcas. No ano passado, a arrecadação passou de R$ 1 bilhão. A emissora foi procurada, mas não quis comentar o motivo da mudança no quadro.
O Jogo da Discórdia é uma das dinâmicas mais longas do reality --chegou até a virar pepino nos bastidores, porque jogava as atrações seguintes para a madrugada-- e não tinha nenhum patrocínio. São minutos preciosos de exposição de marca que não estavam sendo aproveitados. É quase como jogar dinheiro no lixo.
No plano comercial do BBB 24, ao qual o Notícias da TV teve acesso, o novo quadro já aparece no cardápio oferecido às marcas. Sincerão consta na cota Top Confronto, em que o patrocinador fica exposto no top de cinco segundos antes da dinâmica. O pacote inclui ainda visibilidade no dia da festa (quarta-feira) e na formação de paredão (domingo).
O valor anunciado para a cota, que contempla 43 dias de ativação, passa dos R$ 42,6 milhões. Sai mais caro do que a Top Decisões, que inclui dia da eliminação, prova do líder, prova do anjo e uma nova dinâmica --que irá ao ar às sextas-feiras-- e custa R$ 42,2 milhões para 56 dias de exposição.
A estreia da nova temporada do reality está marcada para 8 de janeiro, e a previsão é de que tenha cem episódios, com a final em 16 de abril. A nova edição colocará pessoas anônimas (Pipoca) para disputar o prêmio com convidados (Camarote) e mais um grupo, ainda sem nome divulgado.
A Globo informou que haverá novos quadros de humor, sendo um deles uma dinâmica que possibilitará que um "invasor" bisbilhote os cômodos da casa e os pertences dos participantes. Haverá também uma dinâmica em que o público participará ativamente das escolhas.
O tradicional cinema do líder deixará de ser um privilégio apenas do mandachuva e agora poderá ser visto pelo restante dos brothers. No entanto, o líder da semana será o responsável por comandar uma dinâmica ao vivo às sextas-feiras.
O prêmio continuará como na edição anterior: os confinados poderão fazer apostas para aumentar o valor de R$ 1,5 milhão ao longo do programa. Os paredões vão seguir um padrão diferenciado, divididos em duas etapas.
Na primeira, o público votará em quem merece ficar no BBB 24. Ou seja, o eliminado será a pessoa com menos votos para permanecer. Já na segunda etapa, a votação acontecerá da forma que os telespectadores estão acostumados: a pessoa eliminada será a que acumular o maior número de votos.
O diretor J.B. Oliveira, o Boninho, havia anunciado que o sistema de votação mudaria. Quem participar das votações no Gshow terá o direito de escolher o "voto da torcida" ou o "voto único". Neste último modo, a pessoa precisará informar seu CPF e só poderá votar uma vez.
O "voto da torcida" é o mesmo método das edições anteriores, em que o telespectador vota quantas vezes quiser. Cada modalidade terá peso de 50% no resultado, cujo percentual final será a média dos dois formatos.
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