Em dose quádrupla na TV, ator dá nó na cabeça do público: 'Já te vi em algum lugar'

Em dose quádrupla na televisão, Maurício Ribeiro atingiu uma marca bastante incomum para qualquer ator. Ele pode ser visto nas três emissoras de maior audiência do país nas reprises de Mulheres Apaixonadas (2003), Cúmplices de Um Resgate (2015) e Jesus (2018). De quebra, ainda está na nova temporada de Reis --como um dos generais de Davi (Petrônio Gontijo), Sibecai.

Não à toa, os telespectadores o abordam às vezes um tanto confusos. "Principalmente quando chegam falando: 'Te conheço de algum lugar, você é ator, né? Já te vi em uma novela'. Até descobrir qual [trama me viram], já dei boas risadas", brinca ele, em entrevista ao Notícias da TV.

Ribeiro praticamente passa a carreira a limpo durante a programação, se vendo desde o estudante Fernando na Globo até o apóstolo André no folhetim bíblico da Record. "Para mim, é muito bom. Dá para perceber que a construção da minha carreira está sendo feita tijolo por tijolo", avalia.

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Maurício nunca teve "neuras" para rever seus trabalhos, até porque já encarou a profissão de uma forma bem mais relaxada e despretensiosa. "Com o passar do tempo e a chegada da maturidade profissional, passei a buscar o aperfeiçoamento, e isso leva inevitavelmente a uma autocrítica mais severa. Mas tomo cuidado para não virar um perfeccionista ranzinza", entrega, rindo.

Ele também já percebeu que o público lida de uma maneira diferente hoje com a televisão. "Durante Mulheres Apaixonadas, as pessoas reconheciam mais, já que foi uma época em que a audiência dos canais abertos era avassaladora. Hoje, nem tanto", pondera.

Matador de gigantes

Sibecai é conhecido na Bíblia Cristã por ter matado o gigante Safe durante a guerra com os filisteus. "Estamos sempre ensaiando coreografias de luta com espadas e fazendo workshops de montaria para que a postura do personagem fique o mais natural possível", acrescenta Ribeiro.

Brincadeiras à parte, o ator não esconde que já está acostumado a enfrentar gigantes durante os 20 anos de carreira artística:

Na minha profissão, principalmente no Brasil, quem não está disposto a enfrentar gigantes não sobrevive. Desviar dos problemas, para mim, nunca foi uma opção. Eu prefiro correr na direção deles.