Comentarista do BBB 24 cogita trocar redes por atuação: 'Seguidor não paga aluguel'

Sucesso na internet com vídeos em que comenta, de maneira bem-humorada, os signos do zodíaco, Vítor diCastro estreou neste ano como um dos apresentadores do Mesacast do BBB 24. É mais um passo para uma grande guinada na vida do influenciador, que não descarta a possibilidade de trocar sua carreira nas redes sociais para ter mais tempo de atuar e apresentar.

No ano passado, por exemplo, diCastro fez a série Tem que Suar, do Multishow, e o filme Rodeio Rock, lançado em outubro. Ele pretende trabalhar cada vez mais na área, mesmo que isso signifique deixar seu séquito de 1,4 milhão de seguidores no Instagram um pouco de lado.

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"Não é fácil conciliar, você tem que abrir mão [de alguma coisa]. Para fazer esse projeto, eu preciso deixar outro", resume o ator em conversa exclusiva com o Notícias da TV. Mas e os fãs, não cobram mais conteúdo nesses momentos em que ele está dedicado a outras coisas?

"Rola [a cobrança], mas eu não estou nem aí, entendeu? As pessoas não pagam meu aluguel. Elas cobram, elas querem mais, mas eu também tenho que fazer o que quero. Se eu quiser fazer uma coisa na TV, e isso me tirar da internet por um tempo, vou fazer", diz, sem papas na língua.

Ele reconhece que prefere se dedicar ao que gosta do que fazer algo forçado apenas para agradar ao público --até porque diCastro é tão transparente que deixaria explícito quando não está contente com algo. "Prefiro estar em algo que me dá tesão. Se o público vai me seguir ou não, a gente vê depois."

Influenciador é cria do teatro

Vítor diCastro ressalta que fez teatro antes de se jogar no mundo virtual e construir sua base nas redes sociais. "Trabalhar como ator não é novidade para mim, mas talvez seja para as pessoas que não me viram fazer isso ainda. Mas, se eu pudesse só fazer esse tipo de trabalho, era o que eu faria da vida."

Ele conta que, quando foi gravar a primeira temporada do Tem que Suar, foi pego de surpresa com um comentário que ouviu de uma pessoa da produção. "Ele falou para mim: 'É ótimo que você decora o texto, né?'. E eu pensei: 'Mas isso não é o mínimo que um ator tem que fazer?' (risos). Acho que eu atuar é muito mais surpreendente para os outros do que para mim."

Uma das vantagens de ter feito carreira na internet antes de migrar para a TV e para o cinema é que ele se adaptou muito rápido à rotina de estúdio. "Você já começa na sua zona de conforto, com amigos, na sua casa. Quando estou em um set, é maravilhoso, porque não preciso mais controlar as coisas."

Por outro lado, abrir mão do controle também traz algumas inseguranças. "[Eu fico:] 'Não gostei muito de uma tomada, dá para fazer outra?'. Mas não, não dá. E o que a gente faz? Nada! Assiste e pensa: 'Acho que escolheram o melhor take, mesmo que seja eu fazendo essa merd*' (risos)."

Mas eu acho divertido também, porque para mim é uma experiência de poder fazer parte de um trabalho que é maior, que não depende de mim como empresário ou de mim como diretor-executivo. Eu só vou chegar ali, fazer o que eu gosto de fazer e ir embora.

Além do Mesacast, Vítor diCastro adianta que tem outros projetos em desenvolvimento. "Eu não posso contar, mas tem. Aliás, tem que ter sempre! Para mim, até quando não tem, tem (risos). Estou sempre colocando alguma coisa em pauta. Quando ninguém me chama para fazer nada, eu mesmo me chamo para fazer alguma coisa, esse é o lado bom de ser ansioso", finaliza.