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ENTENDA!

Insuficiência renal crônica: Médico explica quadro de Benedito Ruy Barbosa

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Foto do rosto de Benedito Ruy Barbosa

Benedito Ruy Barbosa é autor de novelas da Globo; ele está internado em hospital em São Paulo

GABRIELA RODRIGUES

gaby@noticiasdatv.com

Publicado em 29/5/2025 - 11h00

O autor Benedito Ruy Barbosa continua hospitalizado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hcor, em São Paulo, por conta de um quadro de insuficiência renal crônica. Segundo Natan Chehter, clínico-geral e geriatra, o diagnóstico é resultado de uma disfunção persistente dos rins, que acontece quando os órgãos perdem a capacidade de filtrar o sangue de maneira adequada ao longo do tempo.

Ao Notícias da TV, o especialista explica com mais detalhes a situação do escritor. "A disfunção renal crônica gera uma série de repercussões, como o acúmulo de substâncias que o rim deveria filtrar, especialmente ácidos, ureia e outros elementos que são importantes". 

"Os rins exercem uma função importante para a produção de um hormônio que produz sangue, que é chamado eritropoetina. A deficiência de eritropoetina pode levar à anemia. Além disso, os rins ainda têm um papel na metabolização da produção da vitamina D. Então, os pacientes podem também ter uma deficiência relativa à vitamina D que pode interferir nos ossos", alerta. 

É importante ressaltar que a doença renal crônica, nas fases iniciais, não é sintomática. A pessoa não sente nada. É muito comum ouvir essa frase dos doentes: 'Ah, eu não sinto nada, então eu não preciso ir no médico'. Mas você só diagnostica fazendo exames, né? Então, monitorar a função renal é uma coisa que faz parte da rotina. São exames simples de sangue que fazem parte desse acompanhamento.

De acordo com o profissional de saúde, nem sempre a internação é necessária. Isso vai variar do nível de gravidade do quadro clínico. "[A internação acontece] Quando você chega no estágio mais terminal da doença renal crônica, que você não tem medicações e medidas clínicas que consigam impedir a pessoa de inchar ou de não acumular substâncias."

"Quando existe um risco de morte, o tratamento final é a diálise. Depois disso, o outro tratamento seria o transplante dos rins, mas isso em casos realmente muito mais avançados. A gente tenta evitar que chegue a esse ponto", complementa ele. 

O geriatra também destaca que é possível diagnosticar pessoas mais jovens com a doença renal crônica, mas que isso acontece mais raramente. "Normalmente tem a ver com problemas ao nascimento [nesses casos raros], mas a maioria esmagadora são pessoas adultas ou idosas."

"Esses pacientes [mais velhos] costumam ter doença renal crônica como uma consequência de lesão dos rins por, especialmente, pressão alta, diabetes, fatores de risco cardiovasculares, aterosclerose ou lesão dos néfrons, que são as unidades que formam os rins", exemplifica. 

De acordo com o especialista, a melhor maneira de prevenir a insuficiência renal crônica é tratando doenças relacionadas a esse quadro. "Claro que existem motivos pontuais para o diagnóstico, mas a maioria esmagadora é por causa da deficiência dos dois rins por progressão de outras enfermidades que não foram tratadas ao longo do tempo."


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