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MÉDICO EXPLICA

Anemia aplásica: Entenda doença pouco conhecida de Bahar em Força de Mulher

REPRODUÇÃO/RECORD

Foto da personagem Bahar (Özge Özpirinçci) em Força de Mulher

Bahar (Özge Özpirinçci) em Força de Mulher; a personagem descobrirá doença pouco conhecida

GABRIELA RODRIGUES

gaby@noticiasdatv.com

Publicado em 2/9/2024 - 18h00

Em um capítulo decisivo de Força de Mulher, Bahar (Özge Özpirinçci) descobriu que sofre com anemia aplásica. Após desmaiar, ela foi levada ao hospital e finalmente recebeu o diagnóstico. A condição leva à perda das células responsáveis pela produção normal das células sanguíneas. 

Ao Notícias da TV, Antonio Brandão, médico hematologista, explica que "a anemia aplástica é uma doença rara da medula óssea, órgão em que as células do sangue são produzidas. Essa doença leva à perda das células responsáveis pela produção normal das células sanguíneas e sua substituição progressiva por gordura, sem a mesma função".

"Na medula óssea são produzidos plaquetas, glóbulos vermelhos e a maioria dos glóbulos brancos, com isso, os sintomas irão depender do quanto a medula óssea estará comprometida pela doença e terão correlação direta com a redução da fabricação das células normais", continua. 

Segundo o especialista, o paciente pode sofrer com a predisposição a infecções por conta da diminuição de um tipo específico de glóbulo branco chamado "neutrófilo", que tem como função de combater bactérias e fungos no organismo. 

A diminuição do número de plaquetas pode causar sangramentos com maior facilidade, principalmente em mucosas, como boca, nariz e até sangramento menstrual excessivo em mulheres, além de pequenas manchas roxas na pele, chamadas de petéquias.

"Já a diminuição dos glóbulos vermelhos, chamada de anemia, pode gerar sintomas variados, como fraqueza, cansaço, tontura, palpitações, dentre outros.Esses sintomas não são exclusivos da anemia aplástica e podem estar presentes também em pacientes com, por exemplo, leucemias agudas. O diagnóstico correto será feito a partir de exames coletados da própria medula óssea, inclusive biópsia, demonstrando a redução das células normais". 

De acordo com o hematologista, algumas pessoas podem não apresentar nenhum sintoma da doença, e o tratamento vai depender da gravidade do quadro. "Diferentemente de leucemia, por exemplo, a anemia aplástica não é um câncer ou uma doença maligna".

Pacientes com formas leves nem sempre precisarão de tratamento, mas sim de acompanhamento regular com hematologista. Já pacientes com formas mais graves necessitarão de tratamento que pode incluir: transfusões de sangue (hemácias e plaquetas, conforme a intensidade de anemia e de plaquetas baixas, respectivamente); medicações chamadas imunossupressoras, para tentar reduzir ou reverter o ataque desregulado do sistema imunológico contra a medula óssea.

"Pacientes mais graves ou com formas congênitas da doença podem precisar inclusive de transplante de medula óssea (na presença de doador compatível), que pode trazer a cura em alguns casos, desde que tenham boas condições de saúde geral para serem submetidos ao procedimento e não tenham idade avançada", completa Brandão. 

Alerta aos pacientes 

O hematologista ainda faz uma observação sobre pessoas diagnosticadas com anemia aplásica. "É importante ter maior atenção com infecções, tomando os cuidados de higienização frequente das mãos e evitando consumir alimentos de origem duvidosa ou mal higienizados, além de manter a vacinação em dia conforme recomendação médica".

"Para pacientes com plaquetas muito baixas, é necessário tomar cuidado ao manejar instrumentos cortantes e evitar praticar atividades físicas de contato, como luta, por exemplo. Vale reforçar que as infecções geradas pela anemia aplásica, principalmente infecções graves, podem, em alguns casos, infelizmente levar à morte. Isso também pode ocorrer nas situações incomuns de sangramentos em áreas críticas, como sangramento cerebral", finaliza. 

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