ESTREIA NA GLOBO
GIU PERA/TV GLOBO
Chitãozinho, Daniel e Xororô: trio vai cantar junto no novo programa da Globo, Viver Sertanejo
Aos 56 anos e comemorando 40 de carreira, o cantor Daniel vai se mostrar na TV mais à vontade do que nunca no Viver Sertanejo. O programa estreia na manhã deste domingo (15), após o Globo Rural, com roda de viola e muitos "causos" diretamente do quintal do artista --na verdade, à beira do rio ou em alguma das paisagens da fazenda dele em Brotas (interior de São Paulo).
Quando recebeu o convite para comandar a atração, ele não titubeou: "Eu sabia que estava dentro daquilo que eu costumo fazer, que é a minha verdade, a minha essência, e atrelado à música".
A Globo queria um programa do gênero de variedades voltado para o universo rural para fazer das suas manhãs de domingo uma programação segmentada. O diretor Gian Carlo Bellotti foi escalado para conduzir o projeto.
Durante a criação, vários nomes para apresentá-lo foram cogitados, mas o nome do Daniel sempre estava na mesa. A ideia era ter um programa em uma fazenda, com comida no fogão, peões trabalhando e amigos chegando para bater papo e cantar.
"O grande exercício da direção foi se esconder, deixar as pessoas à vontade para poder fazer uma coisa que é a principal função do Daniel, ser um anfitrião. Eu já o conhecia como músico, como pessoa, mas ele é um anfitrião maravilhoso. Isso ficou muito claro ali, como esse cara abriu a porteira dele, a sala da casa dele, como ele é generoso não só no lidar, no falar, mas também generoso musicalmente, aberto ao novo e ao passado", elogia Bellotti.
O diretor aposta que o programa vai ser um sucesso, apesar de ressaltar que nunca se sabe como o público vai reagir. Toda a primeira temporada está gravada, e ele diz acreditar que seja natural que haja continuação.
"O objetivo principal foi cumprido de forma muito leve e gostosa. É um acertaço. Daniel abriu as portas para a gente, e a família dele ali. Foi uma minioperação de guerra, que levou a turma para lá... Chegou a quase 100 pessoas, uns 80 e poucos só de equipe", conta Bellotti.
Para o cantor, a experiência foi boa também. Ele afirma que não se sentiu invadido, muito pelo contrário.
Não fui em busca de programa, mas eu tinha vontade de fazer alguma coisa. Já recebi alguns convites ao longo da minha história, mas achei que não era o momento certo. Mas sabe quando chega um convite e você se enquadra logo de cara? Quando eu vi a possibilidade de ser mais próximo de mim, de ser na minha casa, foi muito redondo, perfeito. Não tive dúvidas.
O cantor afirma que no palco tem de estar sempre feliz, animado, pois é um solo sagrado, mas que no Viver Sertanejo estará sendo ele mesmo, com seu sotaque caipira solto, brincando, recebendo convidados, fazendo algo que ama, assim como cantar.
No passado, já tiveram outros programas sertanejos com esse tipo de formato, e Daniel acompanhava todos, mas afirma que o seu vai ser diferente.
Eu não me espelhei em nada. Tem suas particularidades porque a gente está falando de música sertaneja, de música raiz, mas, acima de tudo, eu acho que ele traz muito mais essa coisa de agregar, de trazer os amigos para dentro de casa, de abrir a porta da minha casa, que é algo totalmente diferente. E de contar um pouco mais das histórias daquele artista. E, é lógico, recheado com a boa música.
Bellotti afirma que nenhum artista disse "não" para a atração. O mais difícil era conciliar as agendas para levar os convidados para as gravações em Brotas, a três horas e meia de São Paulo.
Daniel, por sua vez, conta que se emocionou ao ver Chitãozinho & Xororó lá cantando com ele. O único que ele queria e não conseguiu para essa primeira temporada foi Leonardo, mas o anfitrião espera ter a oportunidade de receber o amigo numa próxima.
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