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FIM DOS MEDALHÕES

O 'terremoto' no horário nobre da Globo causado pelo rompimento com Gloria Perez

FÁBIO ROCHA/TV GLOBO

A autora Gloria Perez no lançamento de Travessia: era de "medalhões" está perto do fim na Globo

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DANIEL FARAD

vilela@noticiasdatv.com

Publicado em 8/4/2025 - 6h10

O fim do contrato fixo de Gloria Perez é visto nos bastidores da Globo como um pontapé para acelerar o maior processo de renovação do seu horário nobre em dez anos. Com cada vez menos "medalhões" em seu time de roteiristas fixos, a emissora estuda dar mais oportunidades a novos nomes em sua principal faixa de novelas --e, por consequência, também lançar autores titulares nos demais horários.

Mesmo depois de Aguinaldo Silva ter sido trazido de volta, agora com contrato por obra, a líder de audiência já não tem mais tantos nomes experientes à sua disposição como nos anos 1990 e 2000. Além da morte de Gilberto Braga (1945-2021), a direção já não pode contar com Manoel Carlos e Benedito Ruy Barbosa --e um retorno de Silvio de Abreu parece um tanto improvável.

Com Walcyr Carrasco já envolvido na produção de duas novelas, a Globo teria de lançar mão novamente de Manuela Dias --atualmente à frente do remake de Vale Tudo-- ou de João Emanuel Carneiro. O autor de Avenida Brasil (2008), porém, não quer voltar tão cedo à faixa após as turbulências por que passou em Mania de Você (2024).

Segundo fontes do Notícias da TV nos bastidores, a emissora quer intensificar o processo de renovação de autores, dando preferência a pratas da casa. A direção até tem avaliado sinopses de veteranos como Carlos Lombardi, Tiago Santiago e Cristianne Fridman --até, aqui, todas rejeitadas.

Como Vale Tudo acabou de estrear e Três Graças --nome provisório do folhetim de Silva-- está começando a ganhar corpo, a Globo até tem um tempo razoável para definir a sua fila de novelas. Ou seja, não há correria para se definir os próximos passos. Pelo contrário, a palavra-chave é planejamento.

A direção de Teledramaturgia, aliás, não só recebe sinopses como também encomenda ativamente projetos --a exemplo de Vai na Fé (2023), que ficou a cargo de Rosane Svartman.

A autora, inclusive, sempre foi um dos sonhos de consumo da direção às nove, mas nunca disse "sim" aos inúmeros pedidos e deixou claro que está satisfeita com a faixa das sete.

Claudia Souto, que é bem avaliada internamente por Volta por Cima, começa a ser olhada com mais atenção --especialmente por já ter apresentado uma sinopse para a faixa após uma oficina ministrada justamente por Gloria Perez.

Bruno Luperi nunca escondeu que quer escrever uma história original após os remakes de Pantanal (2022) e Renascer (2024); e Thelma Guedes foi considerada pronta para o desafio após ter sido o braço direito de Carrasco nos momentos mais difíceis de Terra e Paixão (2024). Um eventual remake, entregue a um autor de confiança, não é visto como má opção.

Ricardo Linhares e Mario Teixeira são pau para toda obra, também considerados para projetos às seis e às sete (incluindo supervisão). Esses horários também devem ser preenchidos por novos autores caso os atuais, como Claudia Souto, sejam remanejados para outros desafios.

Elísio Lopes, que vai escrever mais um folhetim com Duca Rachid e Júlio Fischer; e Wendell Bendelack, de Volta por Cima e Nos Tempos do Imperador (2022), são alguns dos nomes que têm se destacado nos últimos anos.

Se quiser buscar autores no mercado, a Globo também não vai ter muitas dificuldades, já que as demais emissoras e as plataformas de streaming apresentam um apetite mais moderado por folhetins.

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