MARCELO CASTRO
REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
Marcelo Castro, o Juca, tem feito sucesso com audiência baiana apesar de ser investigado por golpe
Acusado de liderar um esquema criminoso com doações feitas via pix que deveriam ser encaminhadas para pessoas em necessidade, o apresentador Marcelo Castro levou uma invertida ao vivo durante a versão radiofônica do programa Alô Juca, que ele comanda na rádio Piatã FM. "O povo rouba dinheiro de pix e nada de prisão", alfinetou o ouvinte, para desespero do âncora.
Além do programa de rádio, Castro também comanda o Alô Juca na TV Aratu, afiliada do SBT na Bahia, e tem incomodado a Globo na audiência na hora do almoço. Na noite desta terça-feira (20), porém, ele foi pego de surpresa com o telefonema de um ouvinte.
Em um momento em que conversa com o público do programa para ouvir reclamações que poderia ajudar a resolver, Juca recebeu a ligação de um homem que se identificou como um motorista de aplicativo.
"Nesse país ninguém fica preso, não. Quem rouba dinheiro do povo e quem mata alguém, ninguém fica preso, Juca!", iniciou o ouvinte, enquanto Castro mexia no seu celular, aparentemente sem dar muita atenção ao desabafo.
O recado seguinte do motorista, porém, fez o âncora largar o aparelho. "Tô vendo aí o povo ser investigado por roubar dinheiro de pix, e aí até hoje nada de prisão", seguiu o homem. O apresentador se assusta com a fala e sinaliza para sua equipe fazer alguma coisa para interromper a ligação.
"Olha, é isso que a gente tá acompanhando, bota pra mim, bota pra mim, pô. O advogado, o outro que vai falar", intervém Juca, sem fazer nenhuma referência ao recado que havia acabado de ouvir. Veja a cena:
Vixe! Ouvinte largou o doce contra juca sobre o caso Iuri Sheik pic.twitter.com/A2MnSs7Qaa
— Danzinho 👑🔟 (@eudanzinho) May 20, 2025
Em março, Marcelo Castro foi condenado a pagar R$ 10 mil à Record por danos extrapatrimoniais. Ele e outros 12 envolvidos são acusados de desviar mais de R$ 400 mil em doações feitas por telespectadores que queriam ajudar famílias em situação de vulnerabilidade social. Cabe recurso.
As chaves pix exibidas nas reportagens não pertenciam às vítimas das reportagens, mas a pessoas ligadas ao grupo. Segundo a investigação, Castro teria embolsado cerca de R$ 146 mil durante o período em que atuava como repórter do Balanço Geral BA, na TV Itapoan.
O esquema só foi descoberto em março de 2023, quando o jogador Anderson Talisca tentou fazer uma doação de R$ 70 mil após se comover com a história de um menino de um ano de idade com câncer.
O assessor do atleta desconfiou do número do pix enviado por Castro e entrou em contato com a Record. Dias depois, a emissora demitiu Marcelo e o então editor-chefe do programa, Jamerson Oliveira.
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