AVISA QUANDO CHEGAR
Divulgação/A&E
Cena da série #AvisaQuandoChegar, que estreia nesta segunda-feira (18) no canal A&E
A série documental #AvisaQuandoChegar apresenta histórias reais de mulheres desaparecidas que deixaram uma mensagem de texto como última pista de seus paradeiros. Os temas abordados são pesados, mas a equipe da produção engole o sofrimento para cumprir uma missão de conscientização. "No fim das contas, o que fazemos é algo positivo", resume a showrunner Kim Clemons.
Cada episódio relata o caso real de uma mulher que, enquanto levava sua vida normal, foi sequestrada, ferida ou até morta. Os fatos são contados pelas sobreviventes em primeira pessoa, em entrevistas emocionantes com seus familiares e amigos, reencenações, registros telefônicos, mensagens de texto e outras pegadas digitais que as autoridades usaram para resolver os casos.
"Muita gente me pergunta como eu consigo relaxar durante a produção, mas a verdade é que não é tão complicado. É claro que fica difícil quando você se envolve com a família, mas eu sei que estamos fazendo a coisa certa e dando visibilidade à questão", conta Kim ao Notícias da TV.
"Queremos mostrar as coisas horríveis que os criminosos fizeram com essas mulheres inocentes, é importante que as pessoas vejam o horror, que não saibam apenas por um tuíte ou uma manchete de jornal. Precisamos mostrar o que as vítimas viveram para que a Justiça seja feita. Então, tenho muito orgulho do nosso trabalho", diz a showrunner.
Já a produtora executiva Nicole Vogel admite que toma uma atitude quando termina um dia de trabalho na série. "Eu abraço a minha filha", confessa ela, que tenta não se abalar quando os casos chegam mais perto de sua realidade --um dos episódios da temporada é sobre Kamryn, uma garota de apenas nove anos sequestrada enquanto deveria estar na escola. "Assisto ao material que gravamos e corro para abraçar a minha filha. É o que eu preciso fazer."
O peso emocional de #AvisaQuandoChegar é recompensado pelo retorno que elas recebem do público. "Eu vi alguns tuítes do tipo 'Toda mulher precisa ver essa série' e 'Você tem que mostrar isso para sua filha adolescente'. É bom saber que estamos fazendo a diferença de alguma maneira. Não vi nenhum retorno negativo, são sempre mensagens encorajadoras", valoriza Nicole.
O feedback positivo da primeira temporada, lançada em 2022, também ajudou a equipe na produção do segundo ano. "Nós podíamos mostrar para as famílias e para as vítimas o tipo de material que faríamos, como a nossa abordagem é gentil e nada apelativa. Isso facilitou na hora de ganhar a confiança dos entrevistados", completa Kim.
Mesmo assim, elas reconhecem que não é fácil para as pessoas com quem conversam ter de revisitar um episódio tão traumático. "É bastante doloroso para eles, claro, mas acho que todos superam essa dor inicial porque querem que o resto do mundo saiba o que houve, para ajudar mais gente. É muito nobre ver os entrevistados segurando as lágrimas e lutando contra a angústia para fazer algo muito mais poderoso", diz a showrunner.
O canal pago A&E estreia a segunda temporada da atração nesta segunda (18), às 21h20, com um novo episódio às 21h55. De terça (19) a sexta (22), os capítulos inéditos vão ao ar no segundo horário.
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