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NO BDSP

Criticado por entrevista, Bocardi se revolta com sindicato e reclama de ataques

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Rodrigo Bocardi no Bom Dia São Paulo; ele detonou sindicato e resgatou entrevista controversa

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REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 25/10/2024 - 8h44

Apresentador do Bom Dia São Paulo, Rodrigo Bocardi se revoltou com a situação na frente do Sindicato dos Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação à Criança, ao Adolescente e à Família do Estado de São Paulo (SITRAEMFA), no centro da capital. O âncora resgatou até uma entrevista criticada do passado e reclamou dos ataques que sofre nas redes sociais. "Você vê mensagens de um nível tão grotesco que não vale nem a pena a gente ler aqui", afirmou.

Trabalhadores fazem fila para declarar o desejo de não ter 2% de seus salários usados como contribuição à entidade. O site da instituição está instável, e o público só consegue expressar essa vontade a partir de uma carta de próprio punho entregue pessoalmente na sede.

Muitos estão na fila desde a madrugada para entregar o documento --o que revoltou Bocardi. Ele pediu para que o repórter Hermínio Bernardo tentasse uma entrevista com Maria Aparecida Nery da Silva, presidente do sindicato. 

"Seria bom se ela viesse ter uma conversa ao vivo com a gente, para explicar para todo o mundo porque que tem essa dificuldade toda no mundo da facilidade. A gente já sabe o que é, mas tem que ver se tem a coragem de vir e falar. Por que está dificultando? Por que o site não funciona? Por que tem que ser de próprio mundo, com um mundo digital?", questionou ele.

"Seria muito mais fácil, pela quantidade de gente que nós vemos aí no sindicato nos três últimos dias, falar: 'Perdemos esse jogo, a situação para nós aqui é muito ruim. Vamos fazer o seguinte: quem quiser colaborar com o sindicato, colabore'. Porque, assim... Olha para onde vai essa fila. Está mais para a maioria não querer a contribuição, do que querer. E aí fica uma situação horrível", reclamou.

O jornalista afirmou não estar fazendo campanha política para nenhum lado. "A gente está com o bom senso, e ao lado aí da maioria. Porque olha a situação que essas pessoas estão vivendo. O site instável? Depois tem que ser de próprio punho... Não atendem ninguém, de baixo da chuva, três dias seguidos... Não adianta depois ficar criticando", completou ele.

O jornalista, então, resgatou um episódio do ano passado, quando fez uma crítica à greve dos metroviários. À época, internautas afirmaram que ele tinha "rancor" do sindicato devido a uma entrevista de julho de 2020, quando o então coordenador do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Altino dos Prazeres, subiu o tom durante uma conversa.

"Eu acabo falando... Eu sei como que é isso... Toda vez que vem crítica a sindicato, 'aí, um dia que o Rodrigo ouviu não sei quem, um sindicalista, e que veio dar show daqui... E aí depois ele fica...' Não tem nada disso. Sindicato existe se ele for bom. Tem que ser bom. Não só o sindicato, qualquer coisa. Você só se justifica se você tem um bom trabalho, se você tem um bom serviço", continuou o apresentador.

Agora fica desse jeito. Está contra o próprio trabalhador. Se você faz um bom trabalho, as pessoas até aumentam o percentual aí. Se você realmente resolver atuar. É difícil? É. Mas nada na vida é fácil. Não dá para você querer ir lá e tirar 2% do salário de cada um sendo que você não entrega de volta.

Ele, então, reiterou o desejo de o repórter Hermínio Bernardo conseguir a entrevista. "Vamos bater papo, vamos conversar, vamos trazer esclarecimento, a prova de que realmente não há nada de propósito aí, nesse caso, para fazer com que as pessoas sejam submetidas a isso", arrematou.

Apresentador reclama de críticas

O jornalista voltou ao assunto cerca de meia hora depois, quando foi ler mensagens enviadas pelos telespectadores nas redes sociais e pelo celular.

"Antes de ir para o outro assunto... Aí tem uns... É que isso aqui são as mensagens que as pessoas mandam para a gente. E o nome dela fica identificado, inclusive o número e tudo. Mas eu monitoro aqui também pelas redes sociais, hashtag BDSP. Na BDSP, é tudo na mesma linha, o pessoal fazendo críticas para isso", disse.

"Mas quando eu busco pelo meu sobrenome, e daí a pessoa que não tem coragem de marcar você mesmo, aí, sim, você vê três ali, ou quatro, mensagens de um nível tão grotesco que não vale nem a pena a gente ler aqui. Mas são pessoas que demonstram ali, que apoiam a ação do sindicato, mas num contra-argumento, numa agressividade, que não vale nem a pena a gente tratar aqui... Só para ter uma ideia do nível da discussão. E contemplando também, a gente está ouvindo todos os lados", reiterou ele.

O profissional, então, disse que Bernardo ainda não havia conseguido a entrevista com a presidente do sindicato. O repórter tocou a campainha da sede, mas só encontrou uma funcionária da limpeza lá dentro.

"Você acha que o sindicato está fazendo algum esforço para ajudar essas pessoas que querem demonstrar o seu desejo, confirmar o seu desejo de não contribuir ali com o sindicato? À princípio, é mais uma estratégia de dificultar a vida da pessoa de fazer essa declaração, né?", declarou Bocardi.

Uma hora depois, Maria Aparecida enfim deu a entrevista para Hermínio Bernardo. Ela afirmou que o SITRAEMFA conseguiu fazer declarações online pela primeira vez neste ano, e que muitas pessoas estavam na fila por não saber disso. Também disse ter recebido trabalhadores presencialmente que já haviam feito o processo online.

"Algumas pessoas tem dificuldade, por questão de CNPJ, porque são vários CNPJs de uma mesma empresa... E, se sair uma numeração errada, a gente vai ter dificuldade depois de contatar essa organização para garantir esse direito do trabalhador da oposição. Mas, o trabalhador está vindo aqui, na fila... Ele traz o comprovante que ele conseguiu fazer, e, mesmo assim, está vindo aqui... Ele diz que algumas organizações, não vou dizer todas, mas uma grande maioria, pede para garantir para ele estar vindo", declarou.

Bocardi reclamou da fala. "Ela está dizendo que as pessoas estão lá sem necessidade, que as pessoas estão indo lá para ter uma certeza. Sendo que as pessoas estão dizendo algo totalmente diferente, todas aquelas, nos três últimos dias... Ela está dizendo que as pessoas estão lá meio por opção até, e que o site funciona bem, o contrário do que elas dizem. Isso pode gerar uma reação ali. Eu prefiro que as pessoas nem estejam ouvindo essa entrevista", disse.

Bocardi X sindicatos

A revolta do apresentador quanto ao tema começou em 2020, durante a entrevista de Altino dos Prazeres quanto a uma outra greve do metroviários. "Eu pergunto é justo os bilionários deste país ficarem mais ricos no período de pandemia e tirar o direito dos trabalhadores da saúde, do transporte, dos desempregados?", disse o sindicalista.

"A luta dos metroviários foi para resistir, para que a gente mantenha nosso nível de vida. E está errado os bilionários deste país ficarem mais ricos, inclusive, no período de pandemia. A pergunta é: Por que os bilionários ficam mais ricos e os trabalhadores têm que pagar com o custo desta crise? Por isso que os trabalhadores do metrô resolveram fazer a greve", completou ele.

Bocardi ficou visivelmente irritado no decorrer da entrevista. Três anos depois, ele se revoltou contra uma nova greve. "O que nós vemos é um desrespeito à decisão judicial, de forma muito clara. As nossas equipes mostrando. É uma paralisação, essa é uma novidade aqui em São Paulo, contra um processo de privatização", noticiou ele, em outubro de 2023.

"Deixando claro que esta pauta da privatização e desestabilização sempre foi de campanha do governador Tarcísio de Freitas. Ele sempre disse que isso iria acontecer ou pelo menos queria tentar aplicar e desenvolver", completou. Internautas relacionaram a revolta à entrevista anterior.

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