Com cena tosca, Fuzuê é comparada a Os Mutantes: 'Achei que era a Record'

Na sua semana derradeira, Fuzuê levou ao ar uma cena tão tosca que a novela das sete da Globo chegou a ser comparada a Os Mutantes (2008), da Record, que ficou conhecida por ter sequências absurdamente mal-executadas. Na história, Rui (Pedro Carvalho) foi atropelado na frente de Miguel (Nicolas Prattes) e Rebeca (Vitória Strada), em um evento que deixou a desejar.

"Coragem a própria TV Globo divulgar uma das piores cenas de atropelamento de todos os tempos! Gente do céu!", escreveu Vitor Pereira no X (antigo Twitter) ao ver uma publicação da emissora com a sequência. "Não é possível que a Globo achou que essa cena estava boa pra ir ao ar", disse Lívia França. "Globo, tu já foi melhor nessas cenas, hein? Pelamor", debochou Patrick da Cunha na rede social.

A produção ficou tão aquém do Padrão Globo de Qualidade que muitos internautas compararam Fuzuê a Os Mutantes, novela que é sempre lembrada quando algo ruim vai ao ar.

"Horrível essa cena, Glô. Achei que estava na Record assistindo a Os Mutantes", escreveu Edu. "Tá bem amador, lembrei-me dos Mutantes", concordou Ferrére. "Parece que é novela da Record, que atuações péssimas, meus Deus!", completou Leo Dantas. "Jurei que fosse cena da Record", opinou a internauta identificada como Amora.

REPRODUÇÃO/tv globo

Há pouco mais de dez dias, o mesmo aconteceu em Elas por Elas. A morte de Jairinho (Francisco Vitti) no capítulo do último dia 16 na novela das seis da Globo também foi duramente criticada nas redes sociais. Uma parte dos telespectadores chegou a chamar a cena de "tosca" e reclamar que a sequência foi "uma das mais malfeitas" da trama.

É fato que o corte de custos tem atingido em cheio a qualidade de algumas produções da Globo. Com baixas importantes e de profissionais qualificados em todos os núcleos da emissora, é esperado que cenas como essas fiquem ainda mais comuns.

Há uma enorme pressão da alta cúpula da Globo para baratear todos os produtos da casa, e as novelas são as que mais consomem do orçamento. Além dos atores, muitos outros profissionais que atuam atrás das câmeras também tiveram seus contratos de exclusividade encerrados e têm que trabalhar por obra. Esse movimento --que começou com a Globo querendo diminuir custos-- fez com que muitos deixassem a Globo atrás de melhores oportunidades.

As sequências exibidas tanto em Elas por Elas quanto em Fuzuê não lembram em nada trabalhos memoráveis como a do tiroteio que parou o Leblon, no Rio de Janeiro, em Mulheres Apaixonadas (2003).

Para se ter uma ideia, nenhum dos principais diretores da novela estão na Globo. Rogério Gomes, o Papinha, que dirigiu a cena, deixou a emissora logo no início de Pantanal, e voltou recentemente com contrato por obra. Já Ricardo Waddington, que era o diretor-geral da novela de Manoel Carlos, foi dispensado em março do ano passado.

Procurada, a emissora não retornou ao contato do Notícias da TV.

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