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Luis Erlanger

Ex-diretor da Globo diz que Silvio Santos era santo apenas no nome

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Luis Erlanger no Programa do Jô (2000-2016); jornalista criticou Silvio Santos (1930-2024)

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REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 18/8/2024 - 16h13

Ex-diretor da Globo, Luis Erlanger fez uma postagem repleta de críticas a Silvio Santos (1930-2024) após a morte do apresentador. O jornalista citou atitudes controversas do comunicador, como o apoio a Ditadura Militar (1964-1985) e as brigas com Zé Celso (1937-2023). "Um dos ícones da nossa TV. Mas santo só no sobrenome", disparou.

O ex-executivo usou as redes sociais para falar do dono do SBT. "No Brasil, morrer vem com anistia automática. E bajulação. É indiscutível que Silvio Santos está no topo na história da nossa televisão. No seu gênero (prefiro o Chacrinha [1917-1988]), o maior apresentador de programa de auditório."

"O Baú da Felicidade --que ganhou de presente-- era uma uma picaretagem.
Lançou a Tele Sena, um modelo de aposta proibido disfarçado de título de capitalização. Sem lastro", afirmou.

"Só não foi candidato à presidência da República porque foi considerado inelegível. Apoiou todos os presidentes e se dizia 'office boy de luxo do governo'. De qualquer governo. Como outros magnatas da Comunicação --como Roberto Marinho [1904-2003]-- apoiou o golpe militar. Mas foi além", continuou.

"Ele mesmo admitia que ganhou o canal de TV do general-ditador Figueiredo [1918-1999]. Nos intervalos, exibia campanhas com o slogan do regime militar 'Brasil, ame-o ou deixe-o'. No governo Bolsonaro, voltou com A Semana do Presidente, exibido na ditadura. Tirou um prêmio musical de uma candidata negra, contrariando a escolha do auditório", escreveu.

"Em 2010, descobriu-se que seu banco Panamericano fez operações fraudulentas de R$ 4,3 bi, o maior escândalo financeiro da década. Não perdeu patrimônio, muito menos a concessão pública do SBT", detonou.

"Furtou o projeto original do BBB e batizou de Casa dos Artistas. Ninguém se recorda da covardia contra Zé Celso e o Teatro Oficina? Enfim, um dos ícones da nossa TV. Mas santo só no sobrenome", arrematou.

A postagem dividiu opiniões. "Sincera e corajosa postura", comentou a atriz Elisa Lucinda. "Sabemos de tudo. Estamos de olho. Quem impugnou a campanha dele em 1989 foi o Eduardo Cunha que trabalhava na campanha do Collor. Por conta disso o Cunha virou o que virou. Mas isso é outra história", comentou o ator Augusto Madeira.

"Que postagem desrespeitosa! Quer você queira ou não, Silvio Santos é o grande comunicador da televisão brasileira, ainda que você preferisse Chacrinha falando em cima dos musicais!", escreveu Charles Daves.

"O grande sucesso de uns sempre incomoda! O caso Zé Celso é totalmente questionável, lembrando que o imóvel era privado. Enfim, Silvio foi o Maior", disse Márcio Gomes.

Quem é Luis Erlanger?

O jornalista entrou como estagiário do jornal O Globo em meados da década de 1970. Ele mudou de cargo até virar editor-chefe do veículo. Em 1995, aceitou o convite para ser diretor editorial da Central Globo de Jornalismo (CGJ) da TV Globo.

Em março de 2000, assumiu o cargo de diretor da Central Globo de Comunicação (CGCOM).  Foi também diretor da nova Central Globo de Análise de Conteúdo e Controle de Qualidade. Deixou a emissora em 2013 para montar sua produtora.

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