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BRIGA POLÍTICA

Manuela D'Ávila processa a Record por fake news de 'casamento entre pai e filho'

REPRODUÇÃO/CNN BRASIL

Manuela D'Ávila com camisa branca na CNN Brasil

Manuela D'Ávila em entrevista na CNN Brasil: ex-deputada processa Universal e Record por fake news

GABRIEL VAQUER, colunista

vaquer@noticiasdatv.com

Publicado em 8/12/2022 - 6h40

A ex-deputada federal Manuela D'Ávila entrou com uma ação judicial contra a Record e a Igreja Universal do Reino de Deus por causa da publicação de uma notícia falsa. Uma espécie de reportagem exibida no programa religioso Entrelinhas afirmou que Manuela havia apoiado um projeto para legalizar o casamento entre pais e filhos. Além de retratação pública, ela pede indenização por danos morais. O valor será definido pela Justiça. 

O Notícias da TV teve acesso com exclusividade à ação, que tramita na comarca de Porto Alegre do TJ-RS (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul). Em 31 de maio, Renato Cardoso, genro de Edir Macedo e apresentador de programas religiosos na Record, convidou outros pastores para comentar a estratégia de campanha presidencial --que nem havia começado oficialmente.

Além de afirmar que Lula teria contratado pastores evangélicos para orientar seu discurso, o programa informou que a esquerda e o PT apoiavam um projeto de lei chamado "legalização do incesto". Manuela D'Ávila aparece na foto usada para ilustrar a notícia falsa.

Essa fake news circula grupos de WhatsApp desde 2019 e já havia sido desmentida por agências de checagem anteriormente, inclusive durante o período eleitoral. 

Manuela D'Ávila fala ataques da Record

O Notícias da TV havia conversado com Manuela por telefone na ocasião dos ataques: "Nós temos visto o uso da televisão para propagação de notícias falsas desde 2018. Essa notícia é falsa por si só. Eu nem tenho mandato mais como deputada e nem poderia apresentar um projeto. Infelizmente, essas pessoas usam seu poder de televisão para disfarçar propaganda para o candidato que elas apoiam".

Não foi a primeira vez na eleição que a Igreja Universal usou a Record para atacar opositores políticos. Em setembro, dias antes do primeiro turno, a igreja acusou Lula de ser a favor da pedofilia e pediu votos para candidatos que apoiavam Jair Bolsonaro. A campanha do presidente eleito ainda estuda processar a emissora e a Universal pela afirmação.

No processo, Manuela D'Avila é representada pelo advogado Lucas Lazari, que preferiu não dar entrevista para comentar o caso. A assessoria de ex-deputada federal apenas confirmou a existência do processo.

A reportagem procurou a Igreja Universal desde a última terça (6), por e-mail e telefone, mas não obteve resposta. A Record também recebeu ligações e mensagens do Notícias da TV para comentar o assunto, mas não deu nenhuma declaração até o fechamento deste texto.


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