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PASSAPORTE PARA LIBERDADE

Gravada na pandemia, minissérie da Globo faz 'mágica' na Segunda Guerra

DIVULGAÇÃO/TV GLOBO

A atriz Gaby Petry ao centro, com expressão séria; figurantes ao fundo vestidos como soldados nazistas

Gabi Petry em cena de Passaporte para Liberdade; figurantes da minissérie foram sempre os mesmos

FERNANDA LOPES

fernanda@noticiasdatv.com

Publicado em 19/12/2021 - 6h25

A minissérie Passaporte para Liberdade, que estreia na Globo nesta segunda (20), foi muito afetada pela pandemia. Gravada em Buenos Aires, na Argentina, e no Rio de Janeiro, a produção foi interrompida na fase de maiores restrições e só foi retomada 11 meses depois, com equipe bem mais reduzida. O diretor e os profissionais técnicos tiveram de quase fazer mágicas para retratar os acontecimentos da trama nesta nova realidade. 

O diretor Jayme Monjardim confessa que viveu momentos difíceis quebrando a cabeça para encontrar soluções para a adaptação das cenas da minissérie. Passaporte para Liberdade se passa na Alemanha, no período da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A protagonista, Aracy (1908-2011, vivida por Sophie Charlotte) é chefe da seção de passaportes no consulado brasileiro em Hamburgo e salva vidas de muitos judeus ao conceder (ilegalmente) vistos para que eles fujam para o Brasil. 

Há cenas de ação na minissérie, como de confrontos e de explosões, sequências de guerra. Como fazer isso sem ter dezenas ou até centenas de figurantes nas locações? Monjardim usou truques de posicionamentos de câmera.

"Não foi fácil, a gente tinha um número limitado de figurantes por dia, às vezes quatro, às vezes oito. Tive uma escola gigante com [os diretores Paulo] Ubiratan [1947-1998] e [Walter] Avancini [1935-2001], em que você tem cinco pessoas e parece que tem 30 na forma como passa a câmera. O tempo é o grande professor de nossas vidas. Foi uma mágica", declara ele. 

"A gente não imaginava, por exemplo, conseguir fazer a destruição da Noite dos Cristais com 12 pessoas. Temos que agradecer à tecnologia, pois conseguimos resolver muita coisa com a computação gráfica. Foi difícil, mas me sinto muito feliz com o resultado", acrescenta o diretor. 

Noite dos Cristais foi um ataque a judeus que aconteceu na madrugada de 10 de novembro de 1938, no qual mais de 7 mil negócios e residências foram danificados ou destruídos, cerca de 91 pessoas morreram e outras tantas foram detidas, se suicidaram ou posteriormente foram levadas a campos de concentração. O evento ficou conhecido como Noite dos Cristais por conta dos fragmentos de vidro nas ruas após os ataques. 

Se, ao longo dos episódios, o telespectador tiver a sensação de que já viu os mesmos figurantes em diferentes cenas, como judeus ou nazistas, não será mera coincidência. A produção teve um elenco fixo de figurantes, também como medida de segurança na pandemia. 

"Eles foram mágicos. A gente fechou um time único, sempre os mesmos. Eram 20 figurantes que se revezavam, cada dia dez [nas gravações], mas sempre os mesmos, passavam na frente, atrás [das cenas]. Uma experiência única", detalha Monjardim. 

Para os atores do elenco principal, não houve mágica além de todos os protocolos aos quais as produções de audiovisual tiveram de se adaptar de 2020 para cá: máscaras, higienização e muitos testes de Covid-19, principalmente entre os que tinham cenas de mais proximidade. 

A minissérie Passaporte para Liberdade tem oito capítulos, que serão exibidos de segunda a quinta na Globo. A atração também estará disponível no Globoplay. 

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