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A GAROTA NO QUARTO 13

'Ainda sinto a presença dela', diz diretora de último filme de Anne Heche

Divulgação/Lifetime

Anne Heche abraça Larissa Dias e a cobra com um casaco em cena de A Garota no Quarto 13

A brasileira Larissa Dias com a atriz Anne Heche em cena do filme A Garota no Quarto 13

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 26/3/2023 - 8h35

Morta em agosto do ano passado após um acidente de carro, Anne Heche (1969-2022) é a estrela do filme A Garota no Quarto 13, que estreia neste domingo (26) no canal Lifetime. Para a diretora do longa, Elisabeth Röhm, nem a tragédia foi capaz de separá-las. "Ainda sinto a presença dela", entrega.

"Eu tenho uma ligação profunda com Anne até hoje. E sempre terei, porque nós compartilhamos essa experiência única que é fazer um filme. Atores entregam seus corações e suas almas para o diretor, para que você possa guiá-los a uma performance colaborativa, e eu não consigo pensar em nada mais bonito", diz Elisabeth em conversa com o Notícias da TV.

Inspirado em eventos reais, A Garota no Quarto 13 conta a história de Grace (a brasileira Larissa Dias), uma jovem que decide refazer sua vida depois de passar três anos em reabilitação do vício em opioides. Mas um reencontro com o ex-namorado traficante a coloca em uma armadilha, e ela acaba sequestrada para ser vendida como escrava sexual.

Todos associam o sumiço da jovem às drogas e não dão importância ao fato. Mas sua mãe, Janie (Anne Heche), está convencida de que algo terrível aconteceu e briga com o marido e até mesmo com a polícia para que procurem por Grace. Furiosa e frenética, ela não para até reencontrar a filha.

reprodução/instagram

Elisabeth Röhm (à esq.) dirige Anne Heche

A história tocou Anne, que fez questão de participar do filme. Na autobiografia Call Me Crazy (Me Chame de Louca, em tradução livre), lançada em 2001, a atriz revelou que havia sido abusada sexualmente na infância pelo próprio pai, o pastor batista Donald Joe Heche (1938-1983). "Ela colocou o coração e a alma na produção, por razões profundamente pessoais. E ela estava tão vulnerável, corajosa, ousada e destemida", ressalta Elisabeth.

Quando alguém como Anne deixa seu corpo de uma maneira tão trágica... Eu vou me sentir próxima dela para sempre, mesmo que não fosse sua amiga e que só a tenha conhecido enquanto fazíamos o filme. Ainda assim eu a amei, e admirei sua coragem, seu destemor, sua criatividade e sua natureza colaborativa.

Elisabeth também é atriz: ela interpretou a promotora Serena Southerlyn em quatro temporadas de Lei & Ordem e também viveu a detetive Kate Lockley na série Angel (1999-2004). Nos últimos anos, tem trabalhado também atrás das câmeras --esse é o terceiro filme que dirige para o canal Lifetime.

"Eu amo o Lifetime porque ele ama as mulheres. O canal tem um programa para auxiliar mulheres cineastas, que eu fiz, e também tem um compromisso e uma plataforma para acabar com a violência contra as mulheres. Eu não sabia muito sobre tráfico humano antes de dirigir A Garota no Quarto 13, mas já sentia a necessidade de contar essa história, porque não é só um filme, é todo um movimento sobre esse tema que precisa ser divulgado", aponta a artista.

"Nossa querida Anne Heche também tinha um compromisso com isso, que vinha de um ponto de vista totalmente diferente, de coisas que ela havia vivido na infância. E por isso ela tinha esse desejo de parar a violência contra as pessoas, contra as crianças e, no caso desse filme, contra uma adolescente. É um tema que engajou todos os envolvidos." 

"Anne queria um filme exatamente como o que fizemos, que fosse exibido por todo o mundo e que estimulasse a discussão sobre tráfico humano", diz a cineasta. "Acho que A Garota no Quarto 13 é com certeza um alerta e, espero, uma lição."

O longa será exibido pela primeira vez no Brasil neste domingo (26), às 21h15, no canal Lifetime. Confira o trailer (em inglês) da produção:

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