OFENSIVA NO MERCADO
Divulgação/CNN Brasil
Douglas Tavolaro, CEO da CNN Brasil, no lançamento do canal em março: ofensiva para expandir na TV aberta
Em uma estratégia para ampliar sua audiência e receitas, a CNN Brasil iniciou nesta semana uma ofensiva no mercado de televisão. Começou a negociar a "fusão" com redes nacionais de TV e a compra ou arrendamento de canais abertos regionais, os antigos UHF. Os maiores alvos são o SBT, a RedeTV! e a Gazeta.
As negociações, segundo informações obtidas com exclusividade pelo Notícias da TV e checadas com uma das partes envolvidas no acordo, passam neste momento por análises de viabilidade.
A CNN brasileira, que completou cem dias no ar nesta semana, está trabalhando com três modelos diferentes: a aquisição completa ou parcial de uma emissora pequena, o arrendamento de um canal e até mesmo a fusão com uma das redes.
No modelo de fusão com uma rede aberta, a CNN Brasil assumiria todo o jornalismo da emissora em diferentes faixas horárias, mas sem transformá-la em um canal de notícias 24 horas. Nesse caso, a CNN manteria seu atual canal na TV paga e faria uma expansão de suas operações na TV aberta.
Nas demais propostas em análise, com a compra ou arrendamento, a CNN Brasil deixaria de atuar apenas na TV fechada e se tornaria o primeiro canal aberto com 24 horas de notícias por dia no Brasil.
A estratégia encampada por Douglas Tavolaro, CEO da CNN Brasil, tem o apoio da CNN americana, que nesta semana emitiu nota em que considera a franquia brasileira um caso de sucesso com apenas cem dias no ar.
A CNN Brasil estreou em março já como segundo canal de notícias mais visto da TV por assinatura, mas na média das 24 horas ainda fica bem atrás da GloboNews.
Parcerias como as propostas pela CNN são raras, mas não inéditas. Em 1997, por exemplo, o SBT "terceirizou" seu Jornalismo para o canal CBS Telenotícias, que passou a produzir seu principal telejornal e a ocupar a madrugada com noticiários. A estratégia da CBS Telenotícias na época era conseguir distribuição nas maiores operadoras de TV paga, o que a CNN Brasil já tem.
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