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SEPARAÇÃO REPENTINA

Irresponsabilidade afetiva x ghosting: O que Gusttavo Lima fez com Andressa Suita?

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Foto do ex-casal Gusttavo Lima (à esquerda) e Andressa Suita (à direita) abraçados

Gusttavo Lima e Andressa Suita em foto publicada no Instagram; casal se separou de um dia para o outro

KELLY MIYASHIRO

kelly@noticiasdatv.com

Publicado em 16/10/2020 - 7h00

Um dos assuntos mais comentados dos últimos dias, a separação de Gusttavo Lima e Andressa Suita levantou uma discussão sobre  responsabilidade emocional após a modelo alegar que o marido terminou o casamento de um dia para o outro. Entretanto, a influenciadora poderia sofrer ainda mais se ele tivesse sumido completamente, o chamado ghosting.

"Assim como foi para vocês, pra mim também foi um choque. Até domingo passado [4], estava tudo bem. A gente tinha acabado de chegar de uma viagem familiar. E na madrugada de domingo para segunda [5], eu fui acordada e comunicada que não dava mais para a gente continuar como um casal", lamentou Andressa na terça-feira (13).

De acordo com a mãe dos dois filhos de Lima, o término foi uma decisão inesperada, sem uma justificativa clara e contra a sua vontade. A responsabilidade emocional parte do pressuposto de que uma pessoa é sincera com a outra parte dentro de uma relação, sempre deixando claro suas expectativas e sentimentos para que ninguém seja iludido.

O psicanalista Júlio Cesar Alves explica ao Notícias da TV que o conceito de responsabilidade afetiva se popularizou nos últimos anos graças às redes sociais, que facilitaram a discussão entre os jovens sobre suas decepções amorosas.

"Eu penso que esse conceito se origina em decorrência do modo com que nos relacionamos na contemporaneidade, com tantas pessoas disponíveis e as consequências geradas por essas relações. É como se o outro devesse de alguma forma se responsabilizar pelo sentimento que cativa em mim", avalia o especialista.

"Hoje em dia, as relações estão baseadas (quase somente) no que é idealizado, muito parecido com a lógica da experiência nas redes sociais:  rápido, bonito e a qualquer momento. E isso pode ser preocupante porque qualquer pessoa vai além daquilo que temos como ideal", ressalta. 

divulgação/record

Nadja Pessoa e Vinícius D'Black no Power Couple

Ghosting

A falta de responsabilidade emocional também criou outro comportamento abusivo dentro da sociedade moderna: o ghosting, sumir sem dar explicações. Esse tipo de tratamento é mais comum entre pessoas que se conhecem por aplicativos de relacionamento, mas aconteceu com o ex-casal Vinícius D'Black e Nadja Pessoa, de acordo com a ex-A Fazenda.

"Eu estava dormindo, a pessoa saiu, foi embora. Me deixou dormindo, não falou nada para mim, nem que ia à esquina. Simplesmente sumiu, e quando acordei, fui ligar, e essa pessoa falou exatamente assim: 'Já estou na [rodovia] Dutra, indo para a casa de minha família. Fale com os meus advogados'", relatou a blogueira na época do término, ocorrido em maio deste ano. 

O ghosting é usado como artifício para terminar um relacionamento sem a necessidade de confrontar o outro, além de descartar qualquer possibilidade de argumento. É desaparecer como um fantasma (ghost, em inglês). 

"Se, por um lado, vivemos em um mundo fugaz, por outro podemos nos perguntar: a outra pessoa deve se responsabilizar pelo que eu idealizo? Mas, invertendo a pergunta, podemos pensar: como eu me relaciono? Como eu me responsabilizo pelas relações que estabeleço? Eu falo sobre o que sinto e quero? Ou resolvo as coisas sumindo?", questiona o terapeuta. 

De acordo com Alves, o ghosting é justamente o oposto da responsabilidade afetiva, mas ambos são sintomas de uma sociedade atual que desaprendeu a criar laços emocionais duradouros. 

"É como se não soubéssemos mais como agir quando alguém passa do contorno do idealizado, então literalmente partimos pra outra, outro flerte, outra pessoa, só que muitas vezes a pessoa 'anterior' ainda está lá, e eu vou sumindo, borrando, até que viro um fantasma", exemplifica ele. 

"O importante é que nos perguntemos como temos escolhido estar com as pessoas. E que nos impliquemos com a escolha que viermos a fazer --ou não fazer", conclui Júlio.


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