Streaming do SBT coloca séries das concorrentes de graça em plataforma

O SBT lançou sua plataforma de streaming nesta terça-feira (20). O +SBT chega com a proposta de ser totalmente gratuito e disponibilizar, além da programação ao vivo da emissora, novelas, filmes e séries que já foram transmitidos na casa. O serviço disponibilizou até produtos que precisam ser pagos para serem vistos em outras plataformas, como Rebelde (2004-2006), Carrossel (2012) e The Chosen.

Rebelde foi motivo de uma troca de farpas entre o Globoplay e o SBT no fim do ano passado, quando o streaming da Globo adquiriu os direitos das três temporadas dubladas e com áudio original --até então inédito no Brasil. A emissora de Silvio Santos (1930-2024) chegou a colocar alguns episódios gratuitos no YouTube, mas não foi páreo para a concorrente.

O +SBT tem na manga a vantagem de ser uma plataforma gratuita. O telespectador que pagava o Globoplay pelo pacote mínimo de R$ 27,90 por mês pode ter acesso ao mesmo produto agora o assiste sem pagar nada.

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O streaming recém-nascido também trouxe em seu catálogo The Chosen, H2O: Meninas Sereias (2006), e Call the Midwife, disponíveis no Prime Video por R$ 19,90; e também Carrossel (2012), que está na Netflix pelo valor mensal a partir de R$ 20,90.

A proposta do +SBT é fisgar o público que não quer desembolsar um valor mensal em troca de séries, filmes e novelas. A empresa finalmente se junta à Globo, Record e Band, que também têm seus próprios serviços de streaming. Enquanto o Globoplay e o PlayPlus precisam de assinaturas, o Bandplay é gratuito assim como o +SBT, porém, só disponibiliza programas transmitidos na televisão.

Carolina Gazal, diretora de conteúdo multiplataforma do SBT, afirmou que o objetivo de colocar programas diversos sem a necessidade de pagamento do telespectador é uma forma de multiplicar a audiência da televisão aberta.

"Um dos nossos mantras é que o conteúdo precisa ser multi, ele precisa estar disponível. A audiência multiplica, ela não divide. Alguns contratos a gente já tem com algumas plataformas, e a gente respeita e entende que, sim, as audiências são complementares", disse Carolina, no evento de apresentação do +SBT à imprensa.

"A pessoa que assiste na Disney talvez não consiga ver na TV; a pessoa que não consegue ver na TV, mas não pode pagar uma assinatura da Disney, vai assistir no +SBT. Existe espaço para disponibilizar o conteúdo em outras plataformas. Claro, com estratégia e pensando no negócio", acrescentou a diretora.