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Limites do humor

Seinfeld se diz incomodado com patrulha contra piadas sobre gays

Reprodução/NBC

Jerry Seinfeld faz gesto com as mãos ao contar piada polêmica em talk show nos EUA, ontem (9) - Reprodução/NBC

Jerry Seinfeld faz gesto com as mãos ao contar piada polêmica em talk show nos EUA, ontem (9)

REDAÇÃO

Publicado em 10/6/2015 - 12h34

Um dos principais comediantes da história da TV norte-americana, Jerry Seinfeld criticou a patrulha contra piadas sobre gays em entrevista concedida ontem (9) ao apresentador Seth Meyers, no talk show Late Night, da rede NBC. "Realmente me incomoda a necessidade de ter de pedir desculpas [após falar algo sobre homossexuais]", desabafou. O humorista, de 61 anos, contou uma piada que apresenta em seus shows. Nela, ele se refere a um rei francês gay com uma leve desmunhecada. O público, diz ele, vive questionando sobre o motivo das piadas sobre homossexuais.

"Eu faço esta piada sobre o porquê de as pessoas precisarem sempre estar com o celular em mãos. Daí me respondem: 'Eu preciso tê-lo [o celular] por perto porque meus amigos são importantes'. Minha resposta para isso é: 'Eles não parecem ser tão importantes quando você passa por eles como um rei gay francês [Seinfeld desmunheca e faz um gesto com os dedos como se estivesse mexendo em um celular]", contou.

Protagonista de Seinfeld (1989-1998), considerada a melhor série cômica de todos os tempos, o humorista disse que fica irritado com os questionamentos do público. Revelou que as pessoas perguntam "O que você quer dizer com gay? Porque você está falando sobre gays? Qual sua intenção?". Para essas perguntas, Seinfeld responde: "Vocês só podem estar de brincadeira!".

Ele ainda falou sobre o exagero dos defensores do politicamente correto. Seinfeld usou como próprio exemplo a piada do rei gay francês, já que as pessoas que o criticam estão elas mesmo insinuando que uma pessoa homossexual faz gestos mais suaves com as mãos. O humorista concordou com o outro participante do talk show, o editor da revista The New Yorker, David Remnick. O jornalista afirmou que a piada só "é ofensiva aos reis gays da França". 


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