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Marcelo Silva, vice-presidente artístico e de programação da Record, que terceirizará cenários e produções
DANIEL CASTRO
Publicado em 30/10/2014 - 19h41
Atualizado em 31/10/2014 - 6h00
A Record vai demitir na virada do ano cerca de 60 dos 90 profissionais que trabalham na chamada Fábrica de Artes, que projeta e produz cenários para os programas de São Paulo. As vagas fechadas serão ocupadas por funcionários de uma empresa em processo de contratação. No ano que vem, a emissora planeja acelerar a terceirização das produções de programas, em estudo desde 2012. O sindicato dos radialistas ameaça tomar medidas judiciais, pois entende que a produção de cenários e de programas são atividade fim de uma emissora de TV e terceirizá-las seria ilegal.
Serão dispensados arquitetos, contrarregras, marceneiros, serralheiros, pintores, tapeceiros e maquinistas (montadores de cenários). Uma parte será mantida para resolver problemas do dia a dia, como deslocamentos e retoques em acabamentos. A tendência é a medida ser tomada também no RecNov, no Rio de Janeiro, onde são gravadas novelas e minisséries.
A terceirização da Fábrica de Artes deverá ocorrer na virada do ano, quando as produções entram em férias coletivas. Já a terceirização das produções dos programas de auditório deverá demorar um pouco mais. A emissora ainda procura parceiros entre produtoras independentes de São Paulo. Também não foram definidos quais programas serão terceirizados nem o grau de transferência de mão de obra. Mas é certo que novos programas terão estrutura terceirizada. Isso já ocorreu neste ano com Aprendiz Celebridades e em parte com A Fazenda.
A Record irá terceirizar produções de cenários e programas para reduzir custos. Um estudo da própria emissora, no entanto, mostra que a economia é pequena, de no máximo 8%. A principal vantagem e a flexibilidade para contratar e demitir.
Desde o início de outubro, estão proibidas novas contratações. A partir do final de novembro, também não se poderá mais fazer compras. Tanto as compras quanto as contrações voltarão a ser liberadas em janeiro. A razão não é econômica, mas administrativa. A cúpula da rede de Edir Macedo, liderada pelo bispo Marcelo Silva, não quer que despesas de 2014 avancem em 2015.
A emissora não se manifestou oficialmente.
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