Menu
Pesquisar

Buscar

Facebook
X
Threads
BlueSky
Instagram
Youtube
TikTok

Retrospectiva 2013

Record, Band e Cultura demitem mais de 1.500 funcionários em 2013

Divulgação/Record

O apresentador Gugu Liberato, dispensado pela Record na metade do contrato, em meados de 2013 - Divulgação/Record

O apresentador Gugu Liberato, dispensado pela Record na metade do contrato, em meados de 2013

GILVAN MARQUES

Publicado em 30/12/2013 - 18h35
Atualizado em 31/12/2013 - 6h30

A maior parte das TVs brasileiras decidiu apertar os cintos, reduzir gastos e demitir funcionários em 2013. Só a Record registrou pelo menos 400 cortes em São Paulo e outros 700 no Rio de Janeiro. A Band eliminou 300 vagas e a Cultura, 200. Juntas, as três emissoras demitiram mais de 1.500 profissionais, segundo estimativas dos sindicatos de radialistas e jornalistas. 

O número equivale aos funcionários de toda uma rede pequena, como a Cultura e a Rede TV!. A Globo não teve cortes em massa, mas optou por uma política mais dura, reduzindo as contratações de novos artistas e limitando vínculos a três anos.

A desaceleração da economia foi a vilã apontada como a principal vilã para tanta demissão. 

No RecNov, complexo de estúdios da Record, a situação chegou a ser dramática. Funcionários foram demitidos no meio das gravações da novela Dona Xepa e da minissérie José do Egito.

Após estudo realizado por uma consultoria, a Record optou por firmar parcerias com produtoras independentes e a trabalhar no sistema de coprodução. Com isso, calcula-se que pelo menos 700 funcionários tenham perdido o emprego no RecNov.

Em São Paulo, a emissora cogitou até terceirizar suas produções, mas desistiu. O corte mais ruidoso foi o do apresentador Gugu Liberato. A emissora não conseguiu sustentar sua maior contratação em todos os tempos, a um salário de mais de R$ 3,5 milhões mensais, e teve de dispensá-lo na metade do contrato. Até o helicóptero símbolo de sua cobertura jornalística, o Águia Dourada, foi usado para pagar a multa.

“A Record cresceu desordenadamente. Como o dinheiro sempre sobrou, a sua direção nunca soube muito bem o que fazer com ele. E quando fez, fez errado. Construíram trocentos estúdios de novelas no Rio a um custo extraordinário, e o aproveitamento daquilo é quase nenhum", avalia o colunista do UOL Flávio RIcco. 

"A sua programação nunca teve uma linha definida. Quando chegou a hora do ‘vamos ver’, a hora de botar ordem na casa, o enxugamento começou pela folha de pagamento, daí as dispensas ocorridas ao longo de quase um ano”, completa o jornalista.

O aperto nas contas de 2013, no entanto, não intimidou as emissoras a fazerem gastos estravagantes. A Band, por exemplo, adquiriu um helicóptero para o jornalismo e levou uma comitiva de 14 executivos para uma feira de TV em Cannes, na França, causando revolta entre funcionários.

Procuradas, Band, Record e TV Cultura não comentaram o assunto.

LEIA TAMBÉM:

Fantástico exibe como 'exclusivo' vídeo mostrado antes por TV

De madrugada, luta de Anderson Silva tem audiência de novela

Globo, Record, SBT e Rede TV! fecham 2013 em queda no Ibope

Globo vai experimentar mais e flexibilizar mais em 2014, diz diretor-geral

Retrospectiva 2013: Pouco carismáticos, vilões decepcionam


► Curta o Notícias da TV no Facebook e fique por dentro de tudo na televisão

Mais lidas

Leia também


Comentários

Política de comentários

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.