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Experiência MasterChef

'Parabéns, tá horrível': Como é participar e ser julgado pelos chefs no MasterChef

Divulgação/Band

Os chefs do MasterChef Brasil julgaram os pratos de 20 repórteres durante evento na Band nesta terça (19) - Divulgação/Band

Os chefs do MasterChef Brasil julgaram os pratos de 20 repórteres durante evento na Band nesta terça (19)

FERNANDA LOPES

Publicado em 23/3/2019 - 6h12

Para apresentar a décima temporada do MasterChef Brasil, a Band convidou 20 jornalistas para uma experiência diferente: cozinhar no mesmo esquema que os participantes do programa disputam as provas. Como a maioria do "elenco" era de amadores completos na cozinha, os chefs prometeram que o desafio seria moleza --só se for para eles. A prova deixou muita gente nervosa e rendeu merecidas alfinetadas.

Ninguém sabia muito bem o que aconteceria no que foi chamado no convite de "Vivência MasterChef", e a produção manteve o mistério durante cerca de uma hora, período em que os convidados tiveram tempo para explorar o estúdio, tirar fotos e aprender a mexer nos equipamentos de cozinha (luxuosos fogões, processadores e até um freezer que chega à temperatura de - 25º C, por exemplo).

Fomos rapidamente estudar os itens do mercado do MasterChef, com produtos do supermercado patrocinador do programa, mas de nada adiantou. Assim que Ana Paula Padrão, Paola Carosella, Erick Jacquin e Henrique Fogaça chegaram, eles explicaram que a prova seria uma clássica do reality: a da caixa misteriosa. Os competidores só poderiam trabalhar com os ingredientes selecionados ali.

Divididos em dez duplas, finalmente abrimos a caixa e descobrimos ingredientes que aparentemente não faziam o menor sentido entre si: banana, maçã, presunto e rúcula de um lado, queijo branco, ovos, creme de leite e páprica do outro... Era para fazer o que com isso?

Jacquin logo explicou que teríamos de fazer um omelete francês, que é bem diferente do que os brasileiros costumam fazer (e que ele chamou de "panqueca"). Ele ainda deu aula de como fazer esse tipo de omelete, que leva creme de leite e exige uma certa prática para que fique no formato e no ponto certos, com mais cremosidade. Claro que o chef fez como se fosse algo muito fácil, mas todos sabíamos que a chance de aquilo virar uma gororoba era muito grande.

Daí para frente, tudo foi feito no mesmo esquema que é dado aos participantes. As duplas tiveram pouco tempo para conversar sobre o que fazer, e logo corremos para pegar os utensílios. Tínhamos ovos de sobra, e os chefs orientaram para que fizéssemos um omelete de "teste" antes de entregar o prato definitivo.

DIVULGAÇÃO/BAND

O prato oferecido pela repórter aos jurados: omelete fora do padrão, mas salada saborosa

Fizemos o primeiro omelete rapidamente, mas deixamos os ovos "coalharem" muito, segundo Paola Carosella. Jacquin olhou o resultado no prato e só comentou "tá horrível". Mas vimos que essa primeira aproximação ajuda muito, eles dão dicas para melhorar a receita. Ainda parecem amigáveis.

Ao longo da prova, houve muito barulho das pessoas conversando, de garrafas de creme de leite que explodiram nas pessoas (com pressão interna após serem agitadas) e de Ana Paula Padrão avisando quantos minutos faltavam para o fim da prova. Sempre achei isso muito irritante como telespectadora, mas lá foi até bom, pois ajudou a nos situarmos no tempo sem precisar olhar para o relógio enquanto mexíamos nas panelas.

Tínhamos meia hora para entregar os pratos, e todas as duplas fizeram seus omeletes definitivos nos últimos dez minutos --para que não ficassem frios demais para os jurados provarem. A versão final da minha dupla não ficou perfeita: foi realmente difícil acertar o ponto e o formato redondinho do omelete, como o exemplo do chef Jacquin. Mas completamos a receita com salada de rúcula e presunto cru como acompanhamentos.

O passo seguinte foi levar o prato aos jurados. Paola, Jacquin e Fogaça pediram que o prato fosse apresentado e o destroçaram, pegaram várias garfadas e opinaram. Não estava homogêneo suficiente, mas o sabor estava bom, disseram. A salada tinha folhas feias, mas estava muito bem temperada, ressaltou Paola. Uma avaliação menos pior do que eu esperava.

DIVULGAÇÃO/BAND

Henrique Fogaça, Paola Carosella e Erick Jacquin prontos para criticar os partos no programa

O que se seguiu foram julgamentos bem diversos. A dupla seguinte teve de ouvir "Parabéns, está horrível", de Jacquin, por oferecer uma omelete mais à brasileira.

Outros jornalistas tomaram patada de Fogaça após dizerem que colocaram açúcar no omelete porque no Japão se faz assim. "Mas esse era pra ser um omelete francês", respondeu o chef. A cada prato eles tomaram água, para tirar o gosto do que haviam provado e se prepararem para o próximo.

No fim, os chefs disseram que comeram pratos bons, nenhum perfeito, alguns desastrosos. Três duplas foram escolhidas como as melhores, e a dupla do crítico de restaurantes da Veja São Paulo, Arnaldo Lourençato, foi a vencedora. 

A impressão que ficou é de que a correria realmente é intensa, e os participantes que não conhecem muito bem técnicas e ingredientes podem perder a prova nos mínimos detalhes. Os chefs de fato pegaram mais leve conosco, mas não perdem uma chance de alfinetar os competidores de verdade.

"Quer massagem, vai numa clínica. Aqui, não", diz Henrique Fogaça em um dos episódios da nova temporada.

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