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MÃO BOBA?

'Não aconteceu assédio', diz repórter da Globo; emissora nega desrespeito

Reprodução/TV Globo

Fabiola Andrade em reportagem exigida no Globo Esporte de sábado: ela nega ter sido vítima de 'mão boba' - Reprodução/TV Globo

Fabiola Andrade em reportagem exigida no Globo Esporte de sábado: ela nega ter sido vítima de 'mão boba'

REDAÇÃO

Publicado em 19/11/2018 - 14h03
Atualizado em 19/11/2018 - 16h55

A repórter Fabiola Andrade, da Globo, publicou na tarde desta segunda-feira (19) texto em rede social em que nega ter sido vítima de assédio sexual por parte de um colega de emissora durante a transmissão de Corinthians x Vasco, na Arena Corinthians, no último sábado. Vídeo que circula na internet mostra um profissional de TV atrás de Fabiola supostamente passando uma mão em suas nádegas. A Globo também emitiu nota negando qualquer desrespeito.

"A Globo e o SporTV esclarecem que, durante a partida entre Corinthians e Vasco da Gama disputada no último sábado pelo Campeonato Brasileiro, foram veiculadas imagens que deram margem a interpretações equivocadas. Os profissionais envolvidos foram ouvidos e as imagens foram analisadas com cautela. Diferentes ângulos e imagens com qualidade melhor mostram nitidamente que o auxiliar de câmera está manipulando os cabos do microfone e que não houve qualquer desrespeito, o que já foi reconhecido pela própria repórter em suas redes sociais", disse a emissora na nota.

O vídeo induziu o Corinthians e movimentos de apoio a jornalistas esportivas a publicarem nota de repúdio. De acordo com a profissional, no entanto, não houve abuso. 

"A respeito do vídeo que está circulando nas redes sociais desde ontem [18] eu queria dizer que vi outros ângulos do mesmo momento do jogo e conversei com o meu colega que trabalha comigo há cinco anos. Ele me procurou várias vezes hoje. Pra mim, não aconteceu assédio ou abuso. Ele estava manuseando o cabo de áudio que fica preso à minha roupa durante a transmissão, situação comum em dias de jogos", escreveu na "nota de esclarecimento.

"Agradeço a todas as manifestações de apoio e solidariedade, seja de amigos, seguidores, telespectadores, clubes e movimentos que lutam pelo respeito e pela igualdade de gênero. O episódio serviu para mostrar, mais uma vez, que essa luta se fortalece cada vez mais", completou.

Horas antes, contudo, a propria Fabiola havia respondido a um seguidor no Instagram que ela estava "arrasada". "Sou eu [no vídeo]. A Globo vai apurar. Estou arrasada. Obrigada por avisar", disse a jornalista. A Globo confirmou no início da tarde desta segunda que estava "apurando o que aconteceu".

No final da partida, quando houve um tumulto entre o lateral Fagner, do Corinthians, e jogadores do Vasco, a repórter tentava entender o motivo e informá-lo ao vivo no canal Premiere, que transmitia com exclusividade o jogo válido pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. 

Enquanto caminhava rumo aos jogadores, que se aglomeravam à beira do gramado, um profissional que estava atrás dela, provavelmente um assistente de câmera, aparece com a mão em seu traseiro ou próximo dele, conforme as imagens do vídeo, feito por torcedor. 

O vídeo fez a direção do Corinthians acreditar que Fabiola teria sido vítima de um aboso. O clube manifestou em solidariedade à jornalista. 

"O Sport Club Corinthians Paulista se solidariza com a repórter Fabiola Faria Andrade, vítima de assédio por um colega de imprensa durante a confusão no jogo de sábado. O episódio lamentável é prova irrefutável da importância das várias iniciativas do clube", publicou. 

Veja os vídeos que circularam no Twitter: 

Um outro vídeo, com a imagem original da transmissão do canal Premiere, também foi divulgado. Assista: 

Confira a resposta que Fabiola Andrade deu ao seguidor no Instagram. 

Mais tarde, a jornalista esportiva publicou a nota de esclarecimento. 

Visualizar esta foto no Instagram.

A respeito do vídeo que está circulando nas redes sociais desde ontem eu queria dizer que vi outros ângulos do mesmo momento do jogo e conversei com o meu colega que trabalha comigo há cinco anos. Ele me procurou várias vezes hoje. Pra mim não aconteceu assédio ou abuso. Ele estava manuseando o cabo de áudio que fica preso à minha roupa durante a transmissão, situação comum em dias de jogos. Agradeço todas as manifestações de apoio e solidariedade, seja de amigos, seguidores, telespectadores, clubes e movimentos que lutam pelo respeito e pela igualdade de gênero. O episódio serviu para mostrar, mais uma vez, que essa luta se fortalece cada vez mais.

Uma publicação compartilhada por Fabiola Andrade (@fabiolafariaandrade) em

O Corinthians também voltou a se manifestar no Twitter e pediu desculpas pelo mal-entendido:

O movimento Deixa Ela Trabalhar, que luta contra o machismo nos estádios e no jornalismo esportivo, publicou uma nota de repúdio. 

Veja algumas reações do caso no Twitter: 

Outros casos de assédio 
Na Copa do Mundo da Rússia, em junho, a repórter da TV Globo Júlia Guimarães quase foi beijada quando se preparava para entrar ao vivo.

"Eu não te autorizei a fazer isso. Nunca! Ok? Isso não é educado, isso não é certo. Nunca faça isso! Nunca faça isso com uma mulher. Respeito", pediu ao rapaz. 

Em março, foi a vez de uma profissional do extinto canal Esporte Interativo. Bruna Dealtry estava em uma entrada de São Januário, no Rio de Janeiro, quando levou um susto: um homem tentou beijá-la na boca. "Me senti frágil, impotente", comentou em entrevista ao UOL Esporte na ocasião. 

Fora do Brasil, outras jornalistas também sofrem com casos semelhantes. Em abril, no canal Fox Sports México, uma repórter foi apalpada diversas vezes. Veja o vídeo: 

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