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BIOGRAFIA

Jornalista expõe lado cruel de Silvio Santos com bronca que fez Galisteu chorar

Reprodução/Veja

Capa da revista Veja de 2000 assinada por Ricardo Valladares, que escreve biografia de Silvio Santos

Capa da revista Veja de 2000 assinada por Ricardo Valladares, que escreve biografia de Silvio Santos

DANIEL CASTRO

dcastro@noticiasdatv.com

Publicado em 8/9/2024 - 9h34

Um dos melhores jornalistas de cobertura de televisão que este país já teve, Ricardo Valladares assina um artigo saboroso na Folha de S.Paulo deste domingo (8). Ex-colaborador de Silvio Santos (1930-2024), Valladares revela um lado cruel do "ícone midiático": ele mandava demitir quem cometia erros nas gravações de seu programa, se distanciava de seus contratados e dava broncas que fizeram a apresentadora Adriane Galisteu chorar e diretores terem pesadelos até hoje.

Ricardo Valladares foi repórter da revista Veja entre 1996 e 2006. Suas investigações jornalísticas e críticas contundentes eram temidas nos bastidores da televisão no começo deste século. Em 2000, durante uma série de entrevistas para uma capa da Veja, ganhou a confiança de Silvio Santos, que o contratou anos depois como consultor e diretor artístico do SBT. Foi funcionário do "patrão" até 2009.

Em seu texto na Folha, Valladares conta que artistas raramente tinham acesso a Silvio Santos após assinar contrato com o SBT: "O modus operandi de Silvio para contratar um profissional era a sua sedutora ligação por telefone com uma proposta financeiramente irrecusável. Depois disso, o artista só o veria se Zilda, a fiel secretária de Silvio, chamasse". Receber um chamado de Zilda poderia significar o céu ou o inferno, segundo o jornalista.

Ou era um elogio, ou uma bronca. Geralmente, uma bronca", detalha. "Em uma dessas vezes, ele chamou Adriane Galisteu para dar um pito daqueles. Silvio ouviu de uma de suas fontes na emissora que ela havia colocado o próprio motorista para participar de um programa de prêmios que apresentava na madrugada do SBT. A palavra mais leve que ouviu foi 'antiética'".

Segundo Valladares, Silvio também fazia as pessoas chorar por causa da forma com que tratava seus programas. "Adriane me contou isso chorando. Assim como ela, a jornalista Ana Paula Padrão foi à minha sala chorar sobre as mudanças de horário em seu jornal noturno", escreveu.

"Quando estava bravo, com a cara fechada, os funcionários se esquivavam do 'seu Silvio'. Nas entrevistas para a biografia que escrevo, mais de uma vez ouvi ex-diretores de seus programas falando que sonham até hoje com as broncas que tomaram. Um funcionário-parente no SBT chegava a gravar as conversas por telefone, para o caso de Silvio negar que havia dado determinada ordem", conta.

Ricardo Valladares retrata um Silvio Santos que era implacável com os erros, mas que também perdoava. "Quando algo saía errado em seu programa, ele pedia para mandar embora o responsável. Tele funcionário que foi dispensado, mas ficou escondido por alguns dias pela produção e depois voltou. Alguns eram despedidos e recontratados dias depois. Silvio esquecia ou deixava para lá."

Leia o texto de Ricardo Valladares na Folha clicando aqui.


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